É desnecessário afirmar que o objetivo de todas as religiões é a concretização de um mundo melhor, ou seja, a extinção do sofrimento humano e a realização de uma vida repleta de alegria e prazer. Evidentemente, a chegada do Reino dos Céus, a importante profecia de Jesus Cristo, tem o mesmo propósito.

No entanto, lamentavelmente, a realidade atual não corresponde a esse ideal comum. Aliás, temos a sensação de estarmos muito distantes de nos libertar da condição infernal que nos cerca. De fato, continuamos estagnados desde a antiguidade, apesar de todo esforço despendido no mundo inteiro por meio da Religião, da Filosofia, da Moral, da Educação, entre outras áreas da cultura.

Em se tratando, principalmente, da questão da saúde do ser humano, que é considerada a causa fundamental das tragédias, não há avanço relevante. E esta afirmação não se restringe a nós.

Tenho esclarecido a esse respeito incansável e repetidamente. No entanto, sinto que não é exagero insistir no assunto. Por mais que seja repetitiva, a explanação transmite algo novo. Isso porque, enquanto o problema da saúde não for completamente solucionado, mesmo que as demais condições sejam preenchidas, estas não terão nenhum sentido.

O Johrei - método de cura por meio da fé criado pela nossa religião - elimina todas as enfermidades do ser humano, possibilitando que seu corpo físico recupere a plena saúde. Uma descoberta extraordinária como esta supera o nível da cultura atual, a ponto de ser alvo de interpretações equivocadas.

Assim sendo, é inevitável que custem a aceitá-la somente por meio da palavra oral e escrita. É tal qual uma pessoa que está no andar térreo: não tem a mesma visão de quem está no telhado de uma casa.

Vejam que, ao se pesquisar a causa dos infortúnios, constata-se que ela reside infalivelmente na doença. Há casos de jovens acometidos pela tuberculose quando estão prestes a concluir a educação superior.

Os pais, por sua vez, perdem a única esperança que nutriam e caem em desespero diante do destino incerto. Ocorre também de pessoas de meia-idade verem seu empreendimento arruinado devido a enfermidades quando finalmente o haviam alicerçado e aspiravam expandi-lo muito.

Assim sendo, a sociedade está repleta de material para a infelicidade. Nessas circunstâncias, tanto a evoluída Medicina quanto as religiões tradicionais têm despendido contínuo esforço. Todavia, não há sequer uma luz de esperança, sendo-lhes difícil até mesmo proteger sua reputação. (...)

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 6

Publicado em 30 de maio de 1949