Linha do Tempo

Eventos da nossa linha do tempo em ordem cronológica

Chegada dos primeiros missionários (1954-1955)

Em 4 de novembro de 1954, Teruko Sato desembarcou em Belém – PA. A jovem de 18 anos de idade imigrou sozinha para o Brasil com o objetivo de difundir o Johrei e a fé messiânica. Por determinação de Meishu-Sama, trouxe consigo uma imagem da Luz Divina, a fotografia do Fundador e dez Ohikari para serem outorgados às pessoas que desejassem tornar-se ministrantes de Johrei.  Inicialmente, se estabeleceu em um assentamento no município de Manacapuru, no Amazonas, enfrentando grandes adversidades.

Foto: Teruko Sato entre duas messiânicas pioneiras, década 1950

Figura 1: Teruko Sato entre duas messiânicas pioneiras, década 1950

Em 9 de agosto de 1955, desembarcam no porto de Santos o ministro Nobuhiko Shoda (26) e o jovem missionário Minoru Nakahashi (19).  Tendo em mãos uma lista de nomes e endereços de imigrantes japoneses, fornecida por membros do Japão, começaram a visitá-los. Em pouco mais de um mês, no dia 15 de setembro, foi realizada a primeira outorga de Ohikari, em terras brasileiras, à família do Sr. Otsuo Baba, em Belo Horizonte (MG).

Os primeiros núcleos de difusão (1955- 1964)

Devido às limitações de idioma, na primeira década de sua presença no Brasil, as atividades da Igreja se concentraram nos estados de São Paulo e do Paraná, onde havia muitos imigrantes japoneses.

Nesse período, ainda de modo autônomo, ou seja, por iniciativa direta de ministros responsáveis de Igrejas no Japão, outros jovens missionários foram enviados para expandir a difusão do Johrei em nosso País: Katsumi Morimoto (Kogure) (1958); Kazuro Hosono (1959); Morihiro Hirata (1960); Katsumi Yamamoto (1961) e Kunji Okada (1962). Graças aos maravilhosos e incontáveis milagres, rapidamente, a fé messiânica começou a conquistar adeptos e, em 1962, já contávamos com 1.315 membros.

Desta forma, para dar suporte e implementar o trabalho de difusão, em 10 de julho de 1962, chega ao Brasil a primeira turma de jovens missionários preparados e enviados pela Sede Geral da Igreja no Japão. São eles: Noboru Kanbe (28); Masao Goto (23); Tetsuo Watanabe (22); Hitoshi Nishikawa (21); Mitsuhiro Omae (20); Hisao Yokoyama (20); Mitsuo Nakahashi (19) e Sayohiko Asami (18).

Até o ano de 1964, a difusão se concentrava no Paraná e São Paulo, principalmente entre japoneses e seus descendentes. Em 21 de fevereiro deste ano, é efetivado o registro como pessoa jurídica da Igreja Messiânica Mundial – Sede Central do Brasil e as atividades de difusão, que até então eram autônomas e diversas, passam a ter orientação única.

Este fato é possível por conta da nomeação pela Sede Geral do Japão, em 1963, do reverendo Massahisa Katsuno como responsável pela difusão mundial da Igreja no Brasil e nos Estados Unidos. Ele desembarcou em nosso País para sua primeira visita missionária no dia 28 de fevereiro de 1964, tendo aqui permanecido até o mês de abril. Durante sua estada, percorreu cerca de 5.000 km a fim de conhecer a realidade da difusão messiânica no país.

Nesse mesmo ano, o então ministro Tetsuo Watanabe se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde iniciou seu trabalho de difusão.

Figura 2: Navio com imigrantes japoneses, década 1950

Rompendo as barreiras culturais (1964 – 1976)

Em fevereiro de 1965, um sobrado com terreno de 1.600 m², localizado à Rua Morgado de Mateus, 77, no bairro Vila Mariana, foi adquirido na capital de São Paulo com o objetivo de ali estabelecer-se a construção da futura Sede Central.

Ainda em 1965, começa a ser editado o primeiro periódico da Igreja, chamado “Glória”, escrito em língua portuguesa.

Mas o fator decisivo para que a Igreja rompesse a barreira cultural foi a determinação de Watanabe em difundir a Igreja no Rio de Janeiro. Lá, os milagres do Johrei ganharam destaque na mídia em matérias de jornais e revistas. A repercussão foi nacional e, na pequena unidade religiosa da Rua Santa Luiza, 414 formavam-se longas filas de pessoas em busca da Luz Divina.

Após a formação de muitos membros e missionários, Watanabe abriu novas frentes de expansão da fé em diversas regiões do País. De acordo com as palavras do Rev. Katsumi Yamamoto, este foi um marco histórico que “mudou a paisagem da difusão da Igreja Messiânica no Brasil”.

Entre o final da década de 1960 e início dos anos de 1970, mudando-se a trabalho ou retornando à cidade natal, muitos messiânicos, sobretudo do Rio de Janeiro, se lançaram de corpo e alma à prática e à divulgação dos ensinamentos de Meishu-Sama e do Johrei por todo o Brasil.

Em 1970, foi instituído, na Sede Central, o seminário de formação sacerdotal visando à formação de ministros brasileiros.

Em 19 de janeiro de 1971, foi instituída a Fundação Messiânica (renomeada Fundação Mokiti Okada em 1981) para o desenvolvimento de atividades artísticas, culturais, assistenciais e de pesquisas, especialmente no campo da agricultura e meio ambiente.

Nessa época, é realizada em 1973 a 1ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão em parceria entre a Fundação Brasil-Japão de Artes Plásticas, entidade jurídica constituída a partir da IMM no Japão especificamente para este fim, a Fundação Messiânica do Brasil, atual Fundação Mokiti Okada, e o jornal São Paulo Shimbun. O objetivo era reunir artistas plásticos japoneses e brasileiros para promover o intercâmbio cultural entre os países. No Japão, a exposição percorreu três cidades: Tóquio, Osaka e Atami, entre os dias 18 de setembro e 13 de outubro. Em nosso País, a exposição passou por Brasília, na Fundação Cultural do Distrito Federal, entre 6 e 10 de novembro; São Paulo, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre 13 e 23 de novembro, e Rio de Janeiro, no Centro Lume, de 28 de novembro a 12 de dezembro. Nos anos seguintes foram realizadas novas edições desta exposição intensificando-se este intercâmbio religioso e cultural por meio das artes.

Em 1974, foi introduzida no Brasil a Academia de Ikebana Sanguetsu, que se baseia nos princípios espirituais e filosóficos de Meishu-Sama.

Em setembro, a Líder Espiritual, Itsuki Okada, filha de Meishu-Sama, realiza sua primeira viagem missionária ao país e participa do “Congresso Comemorativo dos 20 anos de Difusão no Brasil”, realizado no dia 15, no Ginásio do Ibirapuera com cerca de 20 mil participantes.

Logo após sua visita, é adquirido o terreno principal, às margens da represa de Guarapiranga, onde hoje se encontra o primeiro Solo Sagrado edificado fora do Japão.

Período de grande expansão (1976 – 1985)

Entre 1975 e 1978, com a aquisição de um terreno de cerca de sete alqueires no município de Atibaia-SP e criação do Polo de Agricultura Natural, as atividades desta Coluna de Salvação – que desde a década de 1960, vinham sendo desenvolvidas por messiânicos japoneses que imigraram para o nosso País – ganharam força.

Nesse período, sob a liderança de Tetsuo Watanabe a família messiânica cresceu, formando-se unidades religiosas em todos os estados do território nacional, sendo necessária a construção de sedes regionais maiores, de Igrejas capazes de atender ao grande número de pessoas que buscavam a Luz do Johrei.

Em 1982,  por ocasião das comemorações do centenário do nascimento de Meishu-Sama, foi inaugurado o edifício Mokiti Okada, contíguo ao templo da Sede Central do Brasil.

A construção do Solo Sagrado de Guarapiranga (1985 -1995)

Em 1985, com o propósito de solicitar à Sede Geral do Japão autorização para a construção da Morada dos Antepassados (Sorei-sha) no Brasil, foi formada uma comissão de representantes dos messiânicos brasileiros, composta pelo presidente da Igreja, Rev. Tetsuo Watanabe, pelos membros do Conselho Deliberativo (Rev. Katsumi Yamamoto, Min. Carlos Antunes Coelho e Rev. Pedro Partezan), pelos membros do Conselho Fiscal (Min. João Lopes dos Santos, Min. Isnar Campelo e Min. Waldemar Nogueira), pelos então ministros Léo Rodrigues de Almeida e Júlio Barbieri Júnior  e pelo reverendo Katsuyuki Moriyama,. A solicitação foi encaminhada à Terceira Líder Espiritual. Posteriormente, ao visitar o terreno às margens da Represa de Guarapiranga, a Terceira Líder sugeriu: “Por que não se constrói aqui um Solo Sagrado?”

A Cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental do Solo Sagrado de Guarapiranga foi realizada em 17 de setembro de 1989. A construção teve início com atividades de reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas no mesmo ano. A implantação do projeto paisagístico começou em 1990.

Membros dedicando no paisagismo

Em 1994, foi instituída a Korin Empreendimentos para estimular, escoar e comercializar a produção dos agricultores praticantes da Agricultura Natural preconizada por Meishu-Sama.

Em 1996, o reverendíssimo Tetsuo Watanabe determina a criação do Centro de Pesquisa Mokiti Okada com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a disseminação de soluções conforme os princípios da Agricultura Natural.

Com a missão de atuar na construção de um mundo ideal por meio da implementação e expansão da filosofia e do método da Agricultura Natural – que se baseia na preservação do meio ambiente, na integração de todos os seres e na conscientização de uma alimentação verdadeiramente saudável, que considere as diversas dimensões do ser humano: física, mental e espiritual – a Korin consolidou-se ao longo das décadas seguintes como empresa referência no setor de alimentos orgânicos e naturais.

Inaugurado em novembro de 1995, às margens da represa de Guarapiranga, em São Paulo, capital, em uma área de 327.500 metros quadrados, o local preza pela preservação ambiental e, assim como os modelos criados por Meishu-Sama no Japão, alia a beleza natural à beleza das construções, caminhos e jardins desenvolvidos pelo ser humano.

O templo, com sua torre de 71 metros e anel sustentado por 16 pilares de 18 metros de altura, chama a atenção dos visitantes por sua simplicidade, e ao mesmo tempo, por sua grandeza.

Solo Sagrado como ponto central para expansão (A partir de 1995)

Com a construção do Solo Sagrado de Guarapiranga, uma das atividades das colunas de salvação propostas pela Igreja que ganhou força foi a da Agricultura e Alimentação Natural.

Foto: Culto de inauguração

O respeito às Leis da Grande Natureza é o mesmo princípio que tem norteado a dedicação de milhares de messiânicos no Solo Sagrado de Guarapiranga. Assim, desde maio de 2023, ele foi reconhecido como uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) reconhecida pela Prefeitura da Cidade de São Paulo.

Para os messiânicos de todo o Brasil e de países da América Latina, o Solo Sagrado de Guarapiranga é principalmente um local de expressarem sua gratidão a Deus e, encontrando força espiritual, difundirem o Johrei e os Ensinamentos de Meishu-Sama aqueles com quem convivem.

Apresentamos aqui um breve histórico da nossa Igreja. Reiteramos que tudo isso só foi possível graças à proteção de Deus e Meishu-Sama e à determinação e empenho de cada messiânico, começando por nossos pioneiros. Nosso compromisso é dar continuidade a essa sagrada obra.

Solo Sagrado de Guarapiranga

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