(...) Nos dias atuais, em que as situações lastimáveis alcançaram o ápice, nossa religião surgiu inesperadamente. As pessoas que ingressaram nela e assimilaram com clareza sua essência compreendem com facilidade a importância da nossa contribuição para eliminar as tragédias.

No entanto, há quem logo encerre o assunto, dizendo: "Surgiu mais uma religião nova denominada Igreja Kannon do Japão. Com certeza, deve ser falsa e supersticiosa. De maneira alguma perderei meu precioso tempo com ela. Se me sobrasse tempo, seria preferível ir ao cinema ou ao jogo de beisebol."

Sem dúvida, até os jornalistas têm a mesma opinião, haja vista os preconceituosos artigos de crítica às novas religiões: "Aproveitando-se do conturbado estado emocional do pós-guerra, forjam-se religiões fraudulentas que cometem o absurdo de enganar e explorar o povo, que é ingênuo." Todavia, do nosso ponto de vista, não há contrassenso maior.

Dessa maneira, muitos hipócritas ostentam uma suposta superioridade, como se fossem capazes de identificar o conteúdo [de algo] por meio das aparências.

Entretanto, a qualquer momento, eles próprios ou seus familiares poderão ter o infortúnio de ser acometidos por alguma doença, internados em um hospital ou levados a despender altas somas. Assim, muitos não se libertarão da vida infernal [que levam]. Se a questão se limitasse a este contexto, não haveria problema.

Todavia, pelo fato desses farsantes exporem suas ideias autocentradas e equivocadas ao público em geral através dos meios de comunicação, as pessoas caem na ilusão, e a sociedade é conduzida às trevas.

Portanto, devemos dizer o quão grave é esse tipo de pecado. O comportamento dos materialistas é uma das causas que impedem a redução do mal social.

Acreditamos que a missão concedida a nós pelos Céus é anunciar às pobres ovelhas o surgimento da Luz, despertar suas consciências e estender-lhes a corda da salvação.

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 6

Publicado em 30 de maio de 1949