MUNDO ESPIRITUAL E MUNDO MATERIAL (Terceira e última parte)
[...] Explicando de forma simples como é o Paraíso e o Inferno, à medida que se sobe ao Paraíso Superior, mais intensos são a luz e o calor, e os espíritos, em sua maioria, vivem quase nus. Por essa razão, na maior parte das pinturas e esculturas de budas, observamos o uso de poucas vestes.
Ao contrário, à medida que se desce às profundezas do Inferno, mais fracos são a luz e o calor; no ponto mais fundo, os espíritos vivem paralisados e em completas trevas. Portanto, mesmo os mais perversos, ao sofrerem nessa situação, não têm outra saída senão arrepender-se.
Esta foi uma explicação extremamente simples, e talvez as pessoas da atualidade achem que o que estou dizendo é uma tolice. Todavia, trata-se de uma descrição baseada em pontos coincidentes entre levantamentos e pesquisas que fiz durante mais de vinte anos com inúmeros espíritos, por intermédio de médiuns e de todos os meios possíveis.
Dessa maneira, gostaria que procedessem à leitura, depositando plena confiança em mim. Eu acredito que o Gokuraku e o Inferno descritos por Buda Sakyamuni, e A Divina Comédia, de Dante Alighieri [1265-1321], não são pura invenção.
Pode-se praticamente deduzir para qual dos três planos vai o espírito, observando-se a face do morto.
Os que não apresentam expressão de sofrimento e cuja pele permanece corada, como se ainda estivessem vivos, vão para o Paraíso; aqueles cuja expressão é de profunda tristeza e cuja pele se apresenta pálida ou amarelo-esverdeada, como ocorre com a maioria, vão para o Plano Intermediário; os que ficam com uma expressão de profunda agonia e com a pele escura ou preto-azulada, vão, logicamente, para o Inferno.
Estas explanações têm por objetivo transmitir conhecimentos básicos sobre o Mundo Espiritual. Em outras oportunidades, voltarei a falar sobre diversos fenômenos espirituais constatados por intermédio de minha experiência.
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 2
Publicado em 25 de agosto de 1949