Escritos Divinos

Ensinamento do dia

Vida e Morte (Segunda parte)

[...] O caso que se segue é descrito nas anotações de uma enfermeira que teve a visão espiritual do momento da morte de uma pessoa. Sua descrição é tão perfeita, que resolvi apresentar aqui como ilustração. Trata-se de um exemplo ocorrido no Ocidente; porém, tanto lá como no Japão, existem pessoas que conseguem ver espíritos.

Não guardei os pormenores, mas como me lembro das partes mais importantes, vou tentar reproduzi-las.

"Certa vez, fitando um doente no momento da morte, notei que de sua testa subia algo branco, uma espécie de névoa que, espalhando-se lentamente pelo espaço, tornou-se uma massa disforme, semelhante a uma nuvem ou fumaça.

Pouco a pouco, entretanto, começou a tomar a forma humana; minutos depois, apresentou-se exatamente com as mesmas características físicas da pessoa em vida.

De pé, no espaço, olhava atentamente seu corpo inerte, junto do qual os familiares choravam. Parecia que desejava mostrar-lhes sua presença; talvez, por perceber que estava em dimensão diferente, desistiu. Permanecendo ali por mais alguns instantes, voltou-se suavemente em direção à janela e foi-se embora." Essa descrição retrata muito bem o momento da morte.

O budismo refere-se à morte com a expressão "ir para nascer`". Se observarmos a partir do Mundo Material, é "ir para morrer". Todavia, se o fizermos a partir do Mundo Espiritual, trata-se de nascer naquele mundo, ou seja, "ir para nascer".


Existe ainda a expressão "antes de nascer", que se refere ao período antes da morte. O espírito vive no Mundo Espiritual durante poucos ou até centenas de anos e, depois, nasce novamente no Mundo Material.
Desse modo, o ser humano, alternando a vida e a morte, nasce inúmeras vezes. Creio que a expressão "transmigração das almas" (rinne tensho) empregada pelos budistas diz respeito a isso. [...]

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3

Publicado em 5 de fevereiro de 1947

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