Vida e Morte (Terceira parte)
[...] Qual a relação entre o Mundo Espiritual e o ser humano?
Enquanto vive no Mundo Material, no cumprimento das tarefas designadas por Deus, independentemente de ter ou não consciência disso, o ser humano terá impurezas acumuladas em seu corpo espiritual.
Outrossim, no que se refere ao corpo material, chega um momento em que, por doença, velhice ou outro motivo, o ser humano encontra dificuldade para cumprir os desígnios de Deus. Nessa situação, seu espírito abandona o corpo e regressa ao Mundo Espiritual: eis o que se chama de morte.
No momento em que o espírito entra no Mundo Espiritual, inicia-se, na maioria deles, o processo de purificação de impurezas. A quantidade destas, logicamente, determina uma vida espiritual em uma posição mais elevada ou mais baixa, e o tempo de purificação, mais curto ou mais longo.
Os períodos mais curtos duram poucos anos, às vezes dezenas, e os mais prolongados, centenas ou até milhares de anos. Os espíritos que alcançam certo grau de purificação reencarnam por desígnio de Deus.
Este é o curso normal; porém, de acordo com a pessoa, há situações em que isso não ocorre. Por exemplo, aqueles que, na ocasião da morte, têm forte apego à vida, acabam reencarnando antes de terem sido suficientemente purificados no Mundo Espiritual. Eles terão um destino infeliz, porque precisarão purificar uma considerável quantidade de pecados e impurezas da vida anterior que ainda lhes restam.
Nesse sentido, podemos ver também muitas pessoas que, apesar de serem boas, são infelizes. São pessoas que, na vida anterior, cometeram muitos pecados e, no momento da morte, se arrependeram tomando a firme decisão de nunca mais praticarem o mal.
Como esse pensamento (sonen) se encontra impregnado em seu espírito, ao reencarnarem prematuramente, sem terem sido suficientemente purificadas, apesar de detestarem o mal e praticarem o bem, vivem sofrendo.
Contudo, não são poucos os exemplos de pessoas que, passando um período de infelicidade e tendo os pecados e impurezas dissipados, tornam-se subitamente felizes. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 5 de fevereiro de 1947