VIDA E MORTE (Primeira parte)
Acredito que talvez não exista uma questão tão séria para o ser humano quanto a morte. Por essa razão, não haveria alegria maior, se fosse possível um esclarecimento real e não fantasioso a respeito da morte e da vida após a morte.
A fim de esclarecer e conscientizar as pessoas em geral, desejo apresentar o resultado dos meus estudos sobre os fenômenos espirituais.
Com relação ao tema vida após a morte, existem, nos Estados Unidos e na Europa, muitos pesquisadores de parapsicologia, tais como Sir Oliver Joseph Lodge, Maurice Maeterlinck e Dr. John S. M. Ward, que são autoridades no assunto e que publicaram obras notáveis.
No Japão, temos Wasaburo Asano, um dedicado pesquisador que publicou vários livros sobre o assunto, mas que faleceu há alguns anos. Como eu tive certo contato com ele, senti muito a sua morte.
Ao referir-me às questões espirituais, gostaria de deixar bem claro que, na medida do possível, irei basear-me apenas na minha experiência. Agirei dessa forma para garantir a exatidão do que digo, pois a compreensão de questões relacionadas aos espíritos, por estes serem invisíveis, é difícil e, facilmente, pode-se cair em dogmatismos.
Conforme disse anteriormente, o espírito, ao se desprender do corpo que deixou de ser útil, retorna ao Mundo Espiritual e passa a viver como habitante daquele mundo.
Por ocasião da morte, ou seja, no momento em que o espírito se desprende do corpo físico, geralmente ele o faz pela testa, pela região umbilical ou pela ponta dos dedos dos pés. Qual é o motivo dessa distinção? O espírito puro sai pela testa; o de pureza mediana, pela região umbilical, e o impuro, pela ponta dos dedos dos pés. Isso se deve ao princípio da correspondência.
O espírito puro é aquele que praticou o bem enquanto vivia, somou virtudes e tornou-se purificado; o impuro acumulou muitos pecados e impurezas durante a vida, e o mediano situa-se entre os tipos mencionados. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 5 de fevereiro de 1947