PRINCÍPIO DA AGRICULTURA NATURAL (Terceira e última parte)
Por: Meishu-Sama
[...] O que é a força da Natureza? Trata-se da fusão dos elementos fogo, água e terra, originados, respectivamente, do Sol, Lua e Terra, resultando na incógnita X.
O centro da Terra, como todos sabem, é uma massa de fogo, a qual é a fonte geradora do calor do solo. A essência desse calor atravessa a crosta terrestre e preenche o espaço até a estratosfera. Nessa essência, existem duas partes: a espiritual e a material.
A parte material é conhecida pela ciência como nitrogênio, mas a parte espiritual ainda não foi descoberta por ela. Paralelamente, a essência emanada do Sol é o elemento fogo, que também possui uma parte espiritual e uma parte material; esta última é a luz e o calor, mas a outra também ainda não foi detectada pela ciência.
A essência emanada da Lua é o elemento água, e sua parte material é constituída por todas as formas em que a água se apresenta; a parte espiritual, da mesma forma, ainda é desconhecida. O produto da união desses três elementos espirituais ainda não detectados constitui a incógnita X, por meio da qual todas as coisas existentes no Universo nascem e crescem. Essa incógnita é semelhante ao Nada, mas é a origem da força vital de todas as coisas.
Consequentemente, o desenvolvimento dos produtos agrícolas também se deve a essa força. Por esse motivo, podemos dizer que ele é o adubo infinito. Assim, reconhecendo-se essa verdade, amando e respeitando o solo, a capacidade deste se fortalece espantosamente. Este é o método agrícola verdadeiro e não existe outro. Portanto, praticando este método, o problema da agricultura será solucionado pela raiz.
Há mais um fator importante. O ser humano, até agora, pensava que a vontade-pensamento assim como a razão e a emoção limitavam-se aos animais. No entanto, talvez se o leitor souber que eles também existem nos corpos inorgânicos, ficará boquiaberto. Obviamente, como o solo e as plantas também estão nessa mesma condição, respeitando-se e amando-se o solo, sua capacidade natural se manifestará ao máximo.
Para tanto, o mais importante é não o sujar e torná-lo ainda mais puro. Com isso, o solo manifestará seu sentimento de alegria, e nem preciso dizer o quanto se tornará mais ativo. A única diferença é que a vontade-pensamento, nos animais, é mais livre e móvel, ao passo que o solo e as plantas não têm liberdade de movimento.
Assim, mesmo no caso do arroz, se pedirmos com sentimento de gratidão uma farta colheita, nosso sentimento se transmitirá às plantas e, certamente, seremos agraciados. Por desconhecimento desse princípio, a ciência comete uma grande falha ao considerar que aquilo que é invisível e impalpável não existe.
Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 27 de janeiro de 1954