A CULTURA QUE GERA FELICIDADE (Primeira parte)
Por: Meishu-Sama
Como sempre digo, é óbvio que o desejo do ser humano, resumido em uma só palavra, é a felicidade.
Há mais de mil anos, a humanidade vem se esforçando incansavelmente em busca desse objetivo, chegando finalmente à criação da deslumbrante cultura materialista atual e, sem dúvida alguma, materialmente, obteve o sucesso almejado. Contudo, hoje, quantas pessoas se consideram verdadeiramente felizes? É provavelmente difícil encontrar uma entre cem pessoas.
Observem: o medo da guerra, da doença e da pobreza são três grandes sofrimentos constantes, sempre presentes. Não será isso parte da condição humana? Se assim for, atualmente não existe felicidade. A maior aspiração do ser humano é que, ainda que por pouco tempo, este mundo se converta em um lugar em que se possa viver tranquilo.
Transformar a sociedade em um mundo verdadeiramente feliz é o objetivo da nossa religião, e como há uma grande probabilidade de que concretizemos tal objetivo, ocorrerá uma salvação inédita.
Para tanto, em primeiro lugar, é preciso apontar os erros da cultura existentes até hoje e ensinar a verdadeira maneira [de agir]. É incabível ser uma cultura de fachada, a qual se baseia apenas na forma como se vê até hoje. É preciso, acima de tudo, que o conteúdo também se aprimore. Ou seja, uma sociedade sem falsidade.
Não há como alcançar a felicidade em uma sociedade como a de hoje, onde enganar é o principal, cheia de pessoas más que posam como pessoas de bem.
Explicando melhor, o mundo de hoje pode ser visto como sendo 70% de maldade e 30% de bondade. Naturalmente, os 30% correspondem ao amor correto e virtuoso, porém, nessa proporção, é lógico que o bem perderá.
De fato, o mal se sobressaiu demasiadamente e o bem, hoje, está sendo cada vez mais oprimido. Assim, a infelicidade e as calamidades vão sendo criadas umas após as outras. É realmente um mundo de sofrimentos.
Entretanto, é preciso considerar o seguinte: apesar de se dizer simplesmente que algo é um mal, há muitos casos em que não se pode defini-lo assim tão facilmente.
Como o mal contemporâneo se tornou mais intelectualizado, disfarça-se com destreza sob a máscara do bem, e não são poucas as pessoas que o estimulam. Piores ainda são aqueles que, mesmo equivocados, acreditam plenamente que determinado mal constitui um bem.
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Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol.6
Publicado em 26 de março de 1952