ELIMINAÇÃO DO MEDO (Primeira parte)
Conforme venho repetindo, nosso objetivo é a salvação da humanidade o que, em poucas palavras, significa eliminar da sociedade toda espécie de medo.
Evidentemente, os maiores medos do ser humano vêm a ser a doença, a pobreza e o conflito. Dentre os três, o principal, indiscutivelmente, é o medo da doença.
Nada é mais ameaçador para o ser humano. Certamente, ninguém conseguirá estar livre dessa apreensão enquanto estiver vivo. O segundo medo é a pobreza, que, evidentemente, é motivada, em grande parte, pela própria doença.
E a realidade nos mostra que, por mais que a cultura se desenvolva, o medo da doença, ao invés de diminuir, tende a aumentar.
Diferentemente do passado, as pessoas de hoje têm muito medo dos micróbios, considerando-os causadores das doenças. Em vista disso, medidas consideradas adequadas estão sendo tomadas, tais como: exame de saúde, vacinação, radiografia, entre outras.
Todos os estabelecimentos criados para prevenir as doenças, ou seja, postos de saúde, sanatórios, hospitais públicos e particulares etc., dispõem de muitas instalações. As imensas despesas e a mão de obra necessárias são incalculáveis, e o ônus imposto à população não é nada pequeno.
Em seguida, falaremos do medo da pobreza. Sua maior causa, conforme me referi, é a doença. A vultosa quantia empregada no tratamento de uma doença e o prejuízo gerado pela impossibilidade de trabalhar acarretam as maiores dificuldades econômicas para os familiares.
E tal situação piora quando o enfermo é o chefe da casa e vem a falecer. Isso certamente constitui uma das causas do significativo aumento da criminalidade após a guerra.
Naturalmente, esse fato não deixa de ser uma consequência da guerra, cujos danos são passageiros; no entanto, a doença assume maior gravidade porque os malefícios que ela causa são permanentes. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 2
Publicado em 7 de janeiro de 1950