MINHA LUZ (Primeira parte)
Escrevi muitas coisas sobre o budismo que, até hoje, ninguém havia explicado. Os leitores talvez se surpreendam, mas eu tomei conhecimento delas através da Revelação Divina.
Por que, então, Deus não as havia esclarecido até hoje? Foi inteiramente devido ao fator tempo. Quanto a este, refiro-me ao grande marco histórico, que chamo de Transição da Noite para o Dia.
Trata-se do desaparecimento do prolongado Mundo da Noite, ou seja, o mundo de trevas e escuridão para dar lugar ao Mundo do Dia, que se aproxima: um mundo de esplendorosa luz do Sol.
Embora fosse uma noite escura, por meio da luz da Lua, era possível enxergar alguma coisa, e o ser humano se contentava minimamente com isso. Esta era a verdade conhecida à luz dos ensinamentos daquela época, que correspondem ao budismo.
A luz da Lua é fraca e não se enxergavam as coisas nitidamente porque sua intensidade é cerca de 1/60 da luz do Sol. Portanto, durante o Mundo da Noite, é óbvio que nada, nem mesmo as religiões, podia ser visto com total nitidez.
Por essa razão, os seres humanos viviam desorientados e não alcançavam a verdadeira paz interior. Com a chegada do dia, sob a luz do Sol, tudo ficará claro e límpido e não existirá mais nada sobre o qual não se saiba. Visto que minha missão é criar a civilização do dia, é evidente que eu tenha conhecimento de tudo.
Vou aprofundar a explicação sobre a relação entre minha pessoa e o Mundo do Dia.
Meu corpo abriga a bola de luz conhecida desde a antiguidade pela palavra nyoi-hoju. Já me referi a essa luz anteriormente, mas vou explicar com mais detalhes.
Ao falarmos em luz, os leitores poderão pensar no próprio Sol, mas não é bem assim. Na verdade, trata-se da combinação do Sol e da Lua.
A essência desta luz é constituída por esses elementos opostos. Como meu corpo físico é elemento terra, quando essa luz se assenta nele, ocorre a atuação conjunta dos três elementos: fogo-água-terra. Será que as pessoas comuns são formadas apenas pelo elemento terra?
De forma alguma. Elas também possuem luz, embora esta seja pequena e fraca. A força de minha luz, no entanto, é extraordinariamente forte: é milhões de vezes ou infinitamente mais intensa que a de uma pessoa comum, ultrapassando os limites da imaginação. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1
Publicado em 25 de maio de 1952