Escritos Divinos

Ensinamento do dia

O SÉCULO XXI (Quinta parte)

(...) Caros leitores, gostaria que imaginassem a cidade que acabei de descrever. As mais diversas flores, em plena floração, exalavam um perfume agradável por toda a parte, e árvores carregadas dos mais variados tipos de frutas.

O silêncio era tão grande que não se parecia estar em uma metrópole. Que passeio agradável! Olhando as vitrines das lojas, eu tinha a impressão de estar vendo uma exposição de belas-artes.

Naquela cidade, até as grandes lojas conseguiam suprir suas necessidades com apenas um ou dois funcionários, visto que as mercadorias tinham os preços expostos, e qualquer pessoa podia pegá-las e examiná-las.

Se os fregueses ficavam satisfeitos com o preço e a explicação do folheto, depositavam o dinheiro e a etiqueta com o preço na caixa coletora, colocada à entrada da loja. O embrulho era feito automaticamente por uma máquina e, de acordo com o tamanho do objeto, era amarrado com uma fita, tornando-se fácil de carregar. Dessa forma, era realmente muito fácil fazer compras.

Como sentisse fome, entrei em um restaurante. Não se avistava nenhum atendente. De um lado da entrada, estavam enfileirados pratos apetitosos, todos com uma identificação: A, B, C... Sentei-me a um lugar desocupado e, olhando para a mesa, vi que era numerada.

Depois, apertei um dos botões instalados no canto. Naturalmente, pressionando o botão correspondente ao número da mesa e à identificação do prato, este logo aparecia. Olhando com mais atenção, notei que, no meio da mesa, havia uma abertura mais ou menos do tamanho do prato, que saía por ali automaticamente.

Assim, tudo que eu pedia subia logo em seguida. Não havia necessidade de nenhuma explicação; o serviço era muito rápido, muito agradável. Eu tinha ouvido falar que esse método já existia no século XX, mas eu achava inconcebível que estivesse tão aperfeiçoado.

Obviamente, as bebidas saíam pela mesma abertura, mas as alcoólicas só eram liberadas até certo limite. Observando melhor, vi que havia mais um botão. Nele estava escrito: "Conta". "Ah, então aperta-se esse botão..." Assim fiz. Imediatamente, surgiu a notinha.

Coloquei a quantia estipulada, e logo apareceu o recibo. Que facilidade! Fiquei satisfeito e, como era cedo, resolvi ir a um teatro. (...)

Por Meishu-Sama

Ensinamento escrito em 1948 e publicado em Luz do Oriente, vol. 1

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