MUNDO PRIMORDIAL (Primeira parte)
Ao analisarmos a civilização atual, percebemos que sua estrutura é baseada na ciência materialista.
Escreverei, minuciosamente, sobre este assunto. Antes, contudo, é preciso conhecer a constituição do Universo. Serão dispensados os detalhes que não se relacionam diretamente com o ser humano, abordando-se apenas os pontos mais importantes. Na verdade, o universo é constituído a partir de três elementos originários do Sol, da Lua e da Terra. Esses elementos são as essências do fogo, da água e da terra, e se apresentam, respectivamente, nas formas de Mundo Espiritual, Mundo Atmosférico e Mundo Material, onde ocorrem os fenômenos. A perfeita fusão e harmonia destes mundos é a própria realidade.
Até agora, só dois dos três mundos existentes eram conhecidos, isto é, o Mundo Atmosférico e o Mundo Material. Ignorava-se a existência de outro mundo: o Mundo Espiritual. Isso se dava porque ele não podia ser detectado pela ciência materialista. Uma vez que a atual cultura materialista é o resultado do progresso alcançado a partir do conhecimento dos Mundos Atmosférico e Material, ela é uma cultura que abrange apenas dois terços da totalidade.
Surpreendentemente, o Mundo Espiritual, justamente aquele que até hoje veio sendo considerado inexistente, na verdade, é o centro da força fundamental, sendo mais importante que os outros dois mundos juntos. Portanto, se desprezarmos sua existência, não haverá como surgir uma civilização perfeita. A melhor comprovação disso é que, não obstante o avanço da cultura dos mundos material e atmosférico, a felicidade - maior anseio do ser humano - não acompanha esse progresso.
Examinando o motivo dessa contradição, descobrimos que há uma profunda razão para tal. Se, desde o começo, a humanidade conhecesse a existência do mundo primordial, ou seja, do Mundo Espiritual, certamente, a civilização materialista não teria alcançado o maravilhoso progresso que vemos hoje. Foi exatamente porque ela ignorou o Mundo Espiritual que nasceu o pensamento ateísta, que deu origem ao mal e, consequentemente, teve início a luta entre o bem e o mal. (...)
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1
Publicado em 4 de julho de 1951