Iniciei minha vida religiosa há cerca de trinta anos. Até então, minha maneira de pensar era realmente superficial. Em outras palavras, apesar de sempre ter em mente que não devemos praticar más ações, mas sim as boas, no momento de agir, faltava-me coragem. Dessa maneira, eu era muito indiferente no que dizia respeito ao bem e ao mal.

Na sociedade, existem muitas pessoas que possuem pensamentos semelhantes aos que eu tinha naquela época. Todavia, à medida que minha fé se aprofundava, comecei a compreender, claramente, não só a relação entre o Mundo Material e o Mundo Espiritual, mas também a Vontade Divina. Assim sendo, meu modo de pensar acabou mudando definitivamente.

De que forma ocorreu essa transformação? Percebi que as más ações acabavam constituindo um pecado muito maior do que imaginamos. E que, pela prática de boas ações, os resultados obtidos são muito melhores do que o suposto. Dessa forma, meu sentimento e pensamento sofreram grande reviravolta.

Ao mesmo tempo que passei a repudiar o mal, mudei por completo o curso de minha vida e comecei a praticar o bem com todas as minhas forças. A partir de então, surpreendente e misteriosamente, a sorte começou a me favorecer. Como consequência, a confiança foi-se fortalecendo cada vez mais e, quanto mais praticava o bem, como que em retorno, as coisas boas vinham ao meu encontro.

Evidentemente, até hoje, a cada dia, vem aumentando a confiança de numerosas pessoas em relação a mim, o que considero como a filosofia da felicidade. (...)

Por Meishu-Sama - O pão nosso de cada dia, vol. 1 - Poema 105

Publicado em 1º de fevereiro de 1964