CRIAÇÃO DA CULTURA (Primeira parte)
O nome de nossa religião é Igreja Messiânica. Naturalmente, tendo ela surgido para promover a derradeira salvação do mundo, não há disparidade entre seu nome e sua missão. Contudo, poderíamos igualmente chamá-la de Religião Criadora. Explicarei por quê.
Durante muitos séculos, a humanidade veio empregando todas as suas forças em prol do progresso e do desenvolvimento da cultura e, conforme podemos constatar, atingimos uma cultura notável, que nos deixa maravilhados.
Não haveria palavras suficientes para enaltecer esse mérito. Nem é necessário dizer que tudo isso vem sendo feito, tendo como ideal a felicidade da humanidade. Entretanto, a descoberta da desintegração nuclear é uma realidade que contraria demasiadamente essa expectativa. Pavoroso seria um adjetivo ainda insuficiente para qualificar tal descoberta capaz de ceifar milhares de vidas em um instante.
Talvez o sonho de felicidade fora traído mais do que se possa imaginar. Quem poderia prever o surgimento de tão grande desgraça? Terá existido maior discrepância que essa em toda a História? A humanidade - ou pelo menos as pessoas cultas - precisa descobrir a verdadeira causa disso, pois, enquanto ela não for conhecida e solucionada, o progresso da cultura que será obtido de agora em diante não terá nenhum sentido.
A própria bomba atômica, por ser utilizada como arma de guerra, torna-se demoníaca; se não o for, logicamente transforma-se em um maravilhoso anjo da paz. Nesse sentido, não há motivo para fazermos alarde contra a bomba atômica, pois o problema é a guerra em si. Consequentemente, não existe uma questão mais importante que extinguir a guerra. (...)
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1
Publicado em 13 de setembro de 1950