Escritos Divinos

Ensinamento do dia

MINHA MANEIRA DE PENSAR (Segunda e última parte)

[...] A propósito, lembro-me sempre da Segunda Guerra Mundial. No início, as coisas corriam bem e, por esse motivo, os japoneses ficaram excessivamente confiantes, surgindo assim a presunção e, com isso, as circunstâncias se tornaram desfavoráveis. Mesmo assim, eles insistiram na luta. Como se mantiveram nessa atitude, o resultado foi aquele triste fim.

Naquela época, quando percebi aquela afobação, pensei: "Agora não tem mais jeito."

Uma vez que não podia comentar isso com ninguém, permaneci calado. Foi uma situação lamentável, pois, se desde o começo, tivessem considerado a possibilidade da derrota, o resultado poderia ter sido diferente. Obviamente, o fato ocorreu devido à visão superficial das autoridades envolvidas.

Quando as pessoas me observam, às vezes me julgam impetuoso; outras vezes, calmo e sossegado, o que deve deixá-las sem saber o que pensar.

Todos se espantam com o fato de que tudo o que faço se conduz com muita rapidez; logicamente, isso se deve à grande proteção de Deus. Um exemplo é a incrível velocidade com que se processa o desenvolvimento da nossa religião.

Desejo chamar a atenção para a importância de espairecer a mente. Existem pessoas que se agarram excessivamente a um único trabalho e não conseguem aumentar sua produtividade. Isso se verifica porque, mesmo se sentindo saturadas ou desinteressadas, insistem na tarefa, o que é errado.

Nessas ocasiões, o melhor é distrair-se, fazer outra coisa, até mesmo procurar uma recreação. Muitos artistas dizem que, quando não sentem vontade de trabalhar, não o fazem. Na minha opinião, é uma atitude sensata. Esse comportamento, aparentemente egocêntrico, pode levar a resultados mais eficazes.

Nesse sentido, não gosto de ficar preso a uma só tarefa; vou mudando constantemente de uma para outra. Agindo dessa forma, sinto-me mais disposto, trabalho com satisfação e minha cabeça funciona melhor.

No entanto, pode ocorrer que, de acordo com a situação de cada um, essa recomendação não seja praticável. Por essa razão, o que estou tentando ensinar é que, se a pessoa conhecer bem o princípio que acabo de expor e proceder de acordo com suas possibilidades e circunstâncias, será grandemente beneficiada.

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1

Publicado em 25 de junho de 1952

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