Vivo por um grande ideal. Mesmo assim, estou também atento às pequeninas coisas. (Primeira parte)
(...) Conforme pudemos ver, a Grande Natureza ensina ao ser humano a importância do tempo. Ela, tal como se apresenta, é a própria Verdade. Por essa razão, o homem deve ter sempre a Grande Natureza como referência em todas as suas realizações. Aprender com ela é a condição suprema para não fracassar.
A terapia espiritual, o cultivo de produtos agrícolas sem o uso de fertilizantes e outros métodos que eu preconizo praticamente não fracassam e geram bons resultados porque estes respeitam a Grande Natureza.
Assim sendo, jamais me precipito com relação a um planejamento. Analiso de maneira objetiva e exaustiva todos os ângulos possíveis e, após uma madura reflexão, certifico-me de que o projeto é correto, útil à humanidade e duradouro em todos os aspectos. Depois disso, faço os preparativos necessários e aguardo o tempo certo para sua execução.
Sucede-se que a maioria das pessoas não têm paciência para esperar o momento propício. Como se lançam à obra prematuramente, surge o desequilíbrio entre o projeto e o tempo, e o andamento não evolui conforme o desejado.
Desse modo, a pessoa se precipita, aumentando ainda mais o descompasso e aí sobrevém o fracasso – as coisas acabam seguindo essa ordem. Portanto, o essencial é ter paciência para aguardar a chegada do tempo certo.
Todas as coisas possuem seu melhor momento. São totalmente procedentes os velhos provérbios: "Quem espera, sempre alcança", "Se esperarmos, teremos bom tempo para navegar" e "Mire e acerte
o alvo." [...]
Por Meishu-Sama - O pão nosso de cada dia, vol. 2 - Poema 183
Publicado em 25 de junho de 1949