Escritos Divinos

Ensinamento do dia

O SER HUMANO É UM POÇO DE SAÚDE (Primeira parte)

Desde a antiguidade, costuma-se dizer que "o ser humano é um poço de doenças", mas esta ideia está completamente errada. Corrigindo-a, diremos que o ser humano é um poço de saúde porque, conforme já expliquei antes, originalmente ele foi criado como um ser saudável.

Entretanto, a doença se mostra uma companheira inseparável. Por não conseguir solucioná-la, o ser humano, sem alternativas, acabou conformando-se como se isso fosse uma sina.

Com efeito, uma vez acometido pela doença, a cura torna-se difícil. Às vezes, ele adoece por um longo período ou, então, com frequência; há mesmo quem passe mais tempo doente do que saudável. Justifica-se, pois, dizer que o ser humano é um poço de doenças; aliás, a expressão deve ter surgido devido ao prolongamento de tal situação.

A razão disso é porque a origem da doença ainda era desconhecida, sendo até compreensível a ideia de que era impossível escapar da doença e do destino da morte. Foi por essa razão que Buda Sakyamuni falou sobre a resignação diante do sofrimento do nascimento, da doença, da velhice e da morte.

Atualmente, ouve-se falar sobre medicina preventiva, mas só consigo imaginar que isso seja fruto do desespero, pois, uma vez que a doença se instala, a medicina não consegue curá-la com facilidade. Isso porque, se o poder de cura da medicina fosse absoluto, nem haveria necessidade de pensar em uma medicina preventiva.

Voltando ao assunto, gostaria de explicar quais são as ações contrárias à natureza que dão origem à doença.

Quando adoece, a pessoa utiliza os medicamentos como se fossem o único recurso, e esse é o primeiro erro. Na medicina chinesa, os medicamentos são extraídos das ervas, raízes, caules e cascas das plantas. Quanto à medicina ocidental, esta busca seus produtos nos minerais, nos vegetais etc.

Tudo isso é fundamentalmente contrário à natureza. Pensem bem: os medicamentos caracterizam-se por apresentar sabor amargo, odor desagradável, acidez etc., o que, invariavelmente, nos causa aversão. A conhecida expressão "tirar da boca o gosto de remédio" ilustra bem o fato. [...]

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3

Publicado em 20 de abril de 1950

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