Escritos Divinos

Ensinamento do dia

A VITÓRIA DO CULTIVO NATURAL: A EXTRAORDINÁRIA FORÇA DO SOLO (Terceira parte)

Efeitos contrários dos adubos

No início, a aplicação de adubos traz considerável resultado. Todavia, se essa prática durar por muito tempo, gradativamente advirão efeitos contrários. Ou seja, as plantas vão-se enfraquecendo, perdem a capacidade inerente de absorver os nutrientes existentes no solo e alteram suas características, precisando assimilar adubos como nutrientes.

Poderão compreender melhor, se fizermos uma analogia com os toxicômanos. Quando alguém começa a fazer uso de drogas, sente uma sensação muito agradável e, durante certo período, muitas vezes, o funcionamento do cérebro se torna mais vivaz.

Por não conseguir esquecer esse prazer, a pessoa, pouco a pouco, se aprofunda cada vez mais no vício e não consegue livrar-se dele.

Nessa condição, quando o efeito do tóxico acaba, ela fica em estado de letargia ou sente dores violentas, e nada consegue fazer.

Uma vez que a situação se torna intolerável, embora saiba o mal que isso lhe faz, acaba consumindo a droga novamente. E chega até mesmo a roubar, para obter recursos para adquiri-la.

Fatos semelhantes são constantemente noticiados nos jornais e podemos compreender quão nocivo esse tóxico é. Aplicando tal lógica à agricultura, compreendemos de imediato e afirmamos que, hoje, todos os solos cultiváveis do Japão estão "viciados" em adubos, ou seja, gravemente "doentes". Todavia, tendo-se tornado cegos adeptos dos adubos, os agricultores não conseguem despertar.

Ocasionalmente, ao ouvirem minhas explicações, eles resolvem suspender o uso de adubos e iniciar o cultivo natural. No entanto, como nos primeiros meses os resultados são insatisfatórios, concluem, precipitadamente, que o certo mesmo é usá-los e, desistindo da mudança, voltam à prática anterior.

Já que nosso método de cultivo está alicerçado na fé, as pessoas o praticam sem duvidar de nada do que eu digo. Assim procedendo, elas chegam a compreender facilmente o verdadeiro valor da Agricultura Natural.

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5

Publicado em 22 de novembro de 1950

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