Torne-se uma pessoa que deseja a felicidade do próximo, pois, assim, você estará de acordo com a Vontade Divina.
Mesmo em se tratando de amor, é preciso saber plenamente que existe diferença entre amor shojo e amor daijo.
No amor shojo, o exemplo mais extremo é o amor-próprio; depois, vem o amor aos parentes consanguíneos, aos amigos, à comunidade, à classe social, à pátria e ao povo.
Esses tipos de amor são todos shojo e, por mais intensos que sejam, em última análise, constituem um mal.
Isso posto, quanto mais fortes forem, mais facilmente darão origem a conflitos. Então, o que é o amor daijo? É o amor de Deus, o amor à humanidade e ao mundo. Por essa razão, por mais esplêndido que seja o argumento, o amor shojo é limitado e, portanto, representa um risco. A causa das guerras encontra-se principalmente nesse amor.
Para erradicar as guerras, é preciso que o amor ao mundo chegue a cada ser humano, tornando-se uma atitude comum. Não existe, além desse, outro método para acabar com a guerra. Com base no motivo exposto, é preciso saber que a causa de todos os conflitos se encontra no amor shojo.
No entanto, há um fato de difícil compreensão. Trata-se dos conflitos que, geralmente, estão presentes até mesmo nas religiões que pregam o amor. Atualmente, não existem, de fato, conflitos religiosos tão violentos.
Na antiga Europa, houve as Cruzadas e demais guerras religiosas. Mesmo no Japão, outrora, os monges-soldados empunhavam armas e lutavam. Isso consta claramente na História. Assim sendo, as religiões que se encontravam em conflito, efetivamente, perderam sua qualificação como entidades religiosas.
Mesmo nesse sentido, caso se tratasse de uma religião verdadeira, teria que pregar o amor ao mundo e, ao mesmo tempo, praticá-lo, uma vez que esse é o procedimento correto de uma religião daijo.
Nossa Igreja Messiânica salva a humanidade tendo como princípio o amor daijo. Por essa razão, a palavra "mundial" faz parte de sua denominação.
Por Meishu-Sama - O pão nosso de cada dia, vol. 1 - Poema 76
Ensinamento: "Amor daijo"
Publicado em 23 de julho de 1952