Atualmente, ouve-se com frequência sobre os males sociais, e sua existência se deve ao excessivo número de pessoas más em todos os lugares. Em uma rápida retrospectiva, devido às constantes perseguições sofridas, podemos dizer que nossa trajetória se resume a uma história de batalhas contra os maus.

Ao examinarmos a mente do indivíduo mau, veremos que ele não age de forma involuntária, mas sim deliberadamente. Com exceção dos grandes malfeitores, que cometem atos de crueldade incomparável, a maioria dos criminosos, embora saibam que o mal é condenável, embrenham-se por esse caminho por desejar, além de outras coisas, dinheiro, bebida, sexo.

A afirmação de que a regeneração é difícil para os que seguem esse caminho é o pensamento comum aos malfeitores. Uma vez que é complicado concretizar suas ambições por meios honestos, ainda que temam a lei, empenham-se com o máximo cuidado para fugir à punição e aos olhos alheios.

Evidentemente, procuram mentir da forma mais engenhosa possível. Dessa maneira, com o passar do tempo, sua habilidade se aprimora e, assim, enganar os outros torna-se extremamente fácil. No entanto, os ludibriados, em sua maioria, por serem pessoas de bem, acabam se resignando.

Aproveitando-se dessa situação, os maus intensificam suas práticas. Chegando a esse ponto, os resultados obtidos por procedimentos ilícitos ocorrerão muito mais rapidamente do que por meios corretos.

Nessas condições, sua regeneração será muito difícil e, inevitável e gradativamente, eles acabam se atolando em um lamaçal. Esse tipo de malfeitor, evidentemente, é intelectual, e a realidade é que a maioria geralmente pertence à classe social acima da média.

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5

Publicado em 29 de outubro de 1949