FILOSOFIA DA INTUIÇÃO (Segunda e última parte)
Nesse sentido, é a "Filosofia da intuição" que corrige os equívocos em que o ser humano facilmente incorre, ou seja, possibilita que o "eu" se mantenha aberto para observar os fatos, livre das influências da barreira.
Para tanto, eu aconselho as pessoas a vivenciar o "eu do momento" pelo motivo de que a impressão imediata, captada pela intuição ao se ver algo, não constitui erro, já que aquela é a essência daquilo que foi observado. Portanto, caso testemunhem a cura de uma grave doença, devem acreditar nela sem relutância, pois esta é a correta visão.
O fato de as pessoas considerarem impossível a cura de doenças por meio de algo invisível semelhante ao nada - sem o auxílio de aparelhos ou remédios - significa que elas estão bloqueadas pela barreira.
A hipótese de alguém afirmar: "Isto é uma superstição e não existe tolice maior" significa que a barreira dessa pessoa colaborou para aumentar o obstáculo. Portanto, devemos estar bastante atentos para esse ponto. O que apresentei é uma pequena noção da "Teoria da intuição".
A seguir, vejamos a teoria "Tudo muda constantemente", que significa que todas as coisas estão em constante mudança. Por exemplo: nós, hoje, não somos os mesmos que fomos ontem, pois, sem dúvida, estamos diferentes em algum ponto.
Da mesma forma, somos diferentes do que fomos há cinco minutos. O mundo de ontem também não é o mesmo de hoje.
Evidentemente, isso ocorre de forma similar com a sociedade, com a cultura, bem como com as relações internacionais. Assim sendo, o ser humano deve manter a visão clara sobre as mudanças, e esta é a maneira correta de ver as coisas.
Por essa lógica, as pessoas deveriam mudar igualmente sua forma de ver e pensar a religião e a cultura.
No entanto, como julgam as religiões novas utilizando-se da visão sobre as religiões formadas há centenas ou milhares de anos, é natural que não atinjam o discernimento correto.
Este é o significado da teoria "Tudo muda constantemente".
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso - Vol. 4
Publicado em 30 de janeiro de 1950