Tenho 66 anos e sou messiânico há 48.

Meu pai tinha problemas com alcoolismo e havia muitos conflitos familiares. Com isso, minha mãe desenvolveu uma severa depressão e tomava medicamentos fortes.

Eu era um jovem inconformado com a situação familiar, introspectivo e calado. Ficava no quarto o tempo todo e só saía para ir ao colégio, pois não queria ver, nem ouvir ninguém.

Além disso, era obeso mórbido. Aos 10 anos, pesava 120 quilos, chegando aos 250 quilos na fase adulta, o que me fazia sentir ainda mais diferente e inferior aos outros.

O que eu mais desejava era ter um corpo normal, uma família unida, vivenciar um bom relacionamento entre pai e filho, namorar, jogar bola, conversar e ter amigos. Todavia, nada disso era possível.

Pensava em suicídio 24 horas por dia, por achar que a morte me livraria daquele sofrimento.

Em abril de 1976, uma amiga de minha mãe a convidou para conhecer a Igreja Messiânica. Ela gostou muito de receber Johrei e, no dia seguinte, levou quase toda a família.

Passamos a frequentar a igreja e a receber Johrei diariamente.

Ir aos cultos, dedicar na limpeza e passar o dia na igreja tornou-se um hábito. Isso me acalmava o coração e aliviava o sofrimento.

Fui percebendo que a obesidade, os conflitos e todos os outros problemas eram ações purificadoras. Assim, o único meio de alcançar a felicidade era elevar-me espiritualmente por meio do servir a Deus. Do contrário, viveria sofrendo.

Dessa forma, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina) em 13 de novembro de 1976, aos 17 anos.

Recebia e ministrava Johrei; lia as publicações da igreja; ofertava o donativo de gratidão e participava dos cultos e aprimoramentos.

 Saí de uma fé passiva, de quem enxerga apenas os problemas e almeja o recebimento de graças, para uma fé ativa, de quem deseja o bem do próximo, tendo em mente que, se desejamos ser felizes, devemos, primeiramente, fazer feliz o nosso semelhante.

Ao longo dos anos, mais de 25 familiares se tornaram messiânicos.

Mesmo estudando, buscava servir diariamente em tudo que fosse necessário.

Dessa forma, gradativamente, a tristeza foi desaparecendo e fui conquistando a paz, a harmonia, o bem-estar e a calma que tanto almejava.

Em menos de um ano, eliminei mais de sessenta quilos, deixei de apresentar os sintomas depressivos e me livrei dos medicamentos.

Minha mãe, à medida que dedicava e se aprofundava nos Ensinamentos de Meishu-Sama, se fortalecia. Assim, superou a depressão e pôde deixar de tomar os remédios.

Meu pai diminuiu consideravelmente o consumo de bebidas, o que tornou o ambiente familiar mais harmonioso.

Tornei-me professor de ikebana em 1985. Em 2001, recebi o grau sacerdotal de ministro assistente.

Posso dizer que saí de um estado infernal e tive a permissão de concretizar uma vida paradisíaca, através das dedicações e das práticas messiânicas.

Sou imensamente grato a Deus, a Meishu-Sama e aos antepassados pelo destino transformado e a oportunidade de servir à grandiosa Obra de concretização do Paraíso Terrestre.

Muito obrigado.