Em março, quando iniciou o isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, o estúdio onde eu trabalhava fechou e tive que interromper os atendimentos.
Meu marido tem uma empresa de educação on-line e, embora seu trabalho tenha sido pouco afetado, eu me preocupava a situação financeira.
Minha filha de quatro anos, sem ir à escola e sem contato com outras pessoas, começou a ficar triste e desobediente. Ao mesmo tempo, meu marido trabalhava dobrado para honrar os compromissos. Assim, foi ficando irritado e impaciente.
Além dos afazeres domésticos, buscava entreter nossa filha, para não atrapalhar o pai, mas os conflitos começaram a surgir. Brigas e discussões eram frequentes.
Em meio a esse contexto, recebi uma ligação do ministro, perguntando como eu estava. Disse que sentia falta do acolhimento de nossa igreja e de dedicar.
Eu me esforçava para manter as práticas messiânicas no lar, mas meus dias eram tão tumultuados, que acabava negligenciando algumas delas, inclusive, o Johrei.
Ele me orientou a realizar uma prática especial que consistia em: uma vez por semana, assistir ao culto vesperal pela Izunome.TV; depois, ministrar Johrei à família, fazer mitamamigaki (dedicação de limpeza como polimento do corpo e da alma), ler Ensinamento de Meishu-Sama e fazer oração de agradecimento.
Sendo assim, nesse dia, eu deixava os afazeres de lado, assistia ao culto vesperal e ministrava Johrei à minha filha e ao meu marido, mesmo que ela estivesse assistindo TV e ele, trabalhando. Ministrava Johrei a mim mesma.
Colocava minha filha para fazer o mitamamigaki comigo, o que a deixava animada.
Realizava o donativo de gratidão com todo meu amor e passei a montar cestas básicas com uma vizinha para ajudar famílias sem muitos recursos.
Notei que o cotidiano foi ficando mais leve. Eu conseguia ter calma e paciência com minha filha, e meu marido estava mais tranquilo.
Pouco mais de dois meses após o início das práticas, recebi um e-mail do meu advogado, comunicando que eu havia ganhado uma ação trabalhista que movi em 2015 e que, em breve, o valor estaria disponível em minha conta.
Parecia mentira receber dinheiro de ação trabalhista em plena pandemia. Materializei uma gratidão especial com muita alegria.
Comprei os equipamentos necessários, aluguei uma sala e, em agosto de 2020, voltei a trabalhar, uma vez que atendimentos fisioterapêuticos já tinham sido liberados pelos órgãos competentes.
Hoje o convívio familiar está bem mais harmonioso. Cuidamos melhor um do outro e colocamos mais amor em nossa relação, em vez de brigar e discutir.
Nem todos os dias são fáceis, pois os problemas existem, mas encaro tudo de forma mais leve, pois aprendi a aceitá-los como oportunidade de crescimento. Sinto-me mais forte, protegida e muito abençoada.
Agradeço a Deus e a Meishu-Sama a permissão de vivenciar essa experiência, que me mostrou a importância da fé em nosso dia a dia.
Meu compromisso é servir à Obra Divina me esforçando para que mais pessoas conheçam Meishu-Sama e encontrem a verdadeira felicidade.
Muito obrigada.