Embora fosse ativa nas dedicações e práticas da fé, na vida cotidiana, às vezes não tinha um comportamento digno de um messiânico. Manifestava atitudes egoístas e de apego, o que me fazia agir com intransigência e ser desagradável com as pessoas em algumas ocasiões.
Eu usava vários medicamentos, pois sofria dores crônicas na coluna e nos quadris, além de problemas emocionais.
Por ser a única messiânica da família, só conseguia receber Johrei quando ia à igreja ou por meio da autoministração. A missionária que sempre cuidou de mim, constantemente sugeria que eu aumentasse as dedicações. No entanto, eu achava que não precisava de orientação e, assim, continuava sofrendo.
Em agosto de 2019, tive uma severa dor no tórax, e fui diagnosticada com esofagite e gastrite sérias. Em novembro, comecei a ter crises de ansiedade e total desânimo para realizar as atividades cotidianas. Não tinha concentração para ler os Ensinamentos e, quando ia à igreja, permanecia pouco tempo.
Com o início da pandemia de Covid-19, em março do ano passado, as coisas pioraram. Passei a ficar muito ansiosa e a sofrer crises de pânico.
Iniciei sintomas de falta de ar e, após dez dias, procurei o hospital, onde fui imediatamente internada na UTI com diagnóstico de embolia pulmonar.
Durante o isolamento no hospital, assistia aos cultos na Izunome.TV, ministrava-me Johrei e lia os Ensinamentos. Após sete dias, recebi alta.
Refleti o quanto tive a proteção de Deus e Meishu-Sama, pois como eu e meu marido somos médicos, sabemos a gravidade do quadro, que poderia ser fatal. Eu tenho certeza de que foi a força da Luz Divina que me salvou.
Essa purificação severa mudou a forma de enxergar a vida. Passei a olhar as coisas pelo lado positivo e naturalmente mudei a postura em relação ao mundo e às pessoas.
Renovei a coletânea de Ensinamentos, comprando todos os livros revisados para leitura on-line. Passei a ministrar Johrei ao meu marido e filhas com mais frequência e a fazer vivificações florais em casa.
Comecei a orar pelas pessoas que eu sabia que estavam em purificação, a mandar mensagens de apoio e a tentar ajudar no que pudesse.
Notei que o lar estava se transformando. Meu marido estava mais preocupado e carinhoso comigo, e minhas filhas, mais tranquilas. Nossa relação se tornou bem mais harmônica e agradável.
No meu aniversário em agosto do ano passado, recebi meu enteado e sua companheira. Dessa vez fiz questão de recepcioná-la como uma verdadeira messiânica.
Fiz arranjos florais para a casa e preparei o jantar, desde o descascar dos legumes até a montagem dos pratos, colocando amor e gratidão. Conversamos alegremente e, desde então, passamos a viver em grande harmonia.
As dores na coluna e nos quadris vêm diminuindo gradativamente e não tenho feito uso de medicações analgésicas. Os sintomas da depressão e do pânico desapareceram.
Mudei a alimentação, buscando priorizar produtos da agricultura natural, inclusive os da minha horta caseira. Creio que isso tenha contribuído para os sintomas da gastrite e da esofagite deixarem de existir.
Hoje entendo que todas as purificações pelas quais passei foram manifestações do amor de Deus para que eu pudesse despertar, tornando-me uma pessoa melhor e um elemento verdadeiramente útil a Deus e ao próximo.
Sou extremamente grata por essa permissão e comprometo-me a continuar servindo àqueles que estiverem necessitando.
Muito obrigada.