Percebia que treinava fisicamente o corpo, mas sentia que faltava um alinhamento entre corpo, mente e espírito. Não me sentia feliz.
Assim, no final do ano de 2018, tomei a decisão de cuidar da parte espiritual: voltei a frequentar a igreja e a dedicar.
Comecei a fazer a locução nos cultos diários, a ministrar e receber Johrei e a participar dos cultos mensais. A partir daí, comecei a perceber muito mais disposição e alegria para realizar as atividades esportivas.
Ao mesmo tempo, naturalmente parei de lamuriar e passei a agradecer absolutamente por tudo: família, alimento e até mesmo as derrotas.
Participando de uma seletiva para o campeonato brasileiro de judô no início de 2019, lesionei gravemente o joelho esquerdo na primeira luta, mesmo vencendo a adversária. Chorava, sentia muita dor, mas precisava continuar na competição para obter a classificação.
Mesmo sem conseguir colocar o pé no chão, fui até a arquibancada com a ajuda de amigos e lá pedi Johrei à minha mãe. Quando ela terminou, estava melhor e determinada a continuar competindo. Segui lutando pela vaga e, graças a Deus, a Meishu-Sama e ao Johrei, fui classificada.
No entanto, ao me consultar com os fisioterapeutas, descobri que se tratava de uma lesão grave e que eu precisaria de tempo para me recuperar, inviabilizando a participação no Campeonato Brasileiro, que ocorreria em duas semanas.
Nesse período a responsável de jovens da unidade em que dedico, convidou a mim e meus irmãos para participar da caravana para o Culto Mensal de abril no Solo Sagrado de Guarapiranga, que seria dedicado aos jovens.
Uma vez que estava lesionada e com muitas dores, segui até o templo em carro de apoio. Quando cheguei perto do Altar, comecei a caminhar e cada vez mais ia-me esquecendo da dor; percebi que ela estava amenizando.
Ao ir embora, retornei com as demais pessoas caminhando até a saída dos ônibus, que é uma longa distância a pé. Já estava praticamente sem dor.
No ônibus fui orientada por um dos ministros para receber Johrei durante a viagem. E assim foi feito.
Retornando ao clube, os fisioterapeutas que estavam tratando a lesão ficaram impressionados com a minha evolução e, mesmo alertando sobre os riscos de competir, deram esperanças.
Continuava dedicando e, mesmo sem poder treinar, segui confiante. Sentia que meu espírito e corpo estavam preparados para o desafio. Viajei para o campeonato e competi, entregando nas mãos de Deus o resultado e pedindo somente proteção.
Sentindo uma força incrível, mesmo com a lesão no joelho, venci todas as lutas e sagrei-me campeã brasileira de judô. Minha felicidade e gratidão são indescritíveis. Posteriormente fiquei totalmente curada daquela lesão.
Aprendi que, diante de qualquer adversidade, vivenciar a fé por meio do servir sincero e das práticas messiânicas nos fortalecem e mudam nosso destino.
Tenho a convicção de que o rumo que nossa vida irá seguir depende das escolhas que fazemos, e que a melhor delas é servir na Obra Divina de Meishu-Sama.
Muito obrigada.