Ao longo desses anos, vivenciei inúmeras experiências como missionário e hoje gostaria de compartilhar uma das maiores transformações que renovou minha convicção no Johrei, no servir e no sufrágio dos antepassados.
Sou casado há onze anos e, desta união, Deus nos abençoou com dois filhos. Uma menina de sete anos e um menino de dois anos e meio.
Em 2018, quando nosso filho mais novo tinha apenas dois meses de vida, ele apresentou um quadro de bronquiolite: uma inflamação das vias aéreas dos pulmões provocada por um vírus que causa acúmulo de muco. Em bebês menores de seis meses, essa doença pode ser bastante perigosa, sendo preciso redobrar o acompanhamento e a atenção. Ele ficou internado durante quatro dias e saiu do hospital recuperado.
No quinto dia após sua saída do hospital, ele voltou a apresentar o mesmo quadro respiratório. Uma vez que o caso já estava bastante grave, precisou ser internado na UTI. Sua situação, a cada dia, ia-se agravando. Pelo fato de o organismo estar fragilizado, ocorreram outros sintomas como: anemia, tendo que receber sangue, e uma leve insuficiência cardíaca, precisando de medicação para ajudar o coração a bombear o sangue para dar resposta às necessidades do corpo e combater o vírus no pulmão.
Nunca havíamos passado por uma purificação tão severa com nossos filhos, o que nos levou a buscar orientações diárias com a ministra e missionários da nossa unidade.
No período mais crítico da doença, fui orientado a agradecer materialmente a purificação e pesquisar na minha linhagem familiar se existiam antepassados que sofreram com doenças respiratórias.
Imediatamente coloquei as orientações em prática. Entretanto, os dias se passavam, e nosso filho não apresentava melhoras. Foi quando, em uma manhã, fazendo oração no Altar do Lar, mudei a pergunta que estava me fazendo. Ao invés de me perguntar "por que estou passando por isso?", eu me perguntei para que estou passando por isso?"
Nesse momento, percebi que, através dessa purificação, Deus, com Seu infinito amor, estava nos aprimorando para viver em um outro nível, frente aos grandes planos que havia traçado. Assim, senti uma felicidade enorme invadir-me por inteiro e desapeguei por completo do sofrimento.
Conversando com minha avó no mesmo dia, ela me relatou que problemas respiratórios já eram frequentes na família, pois havia perdido dois filhos ainda bebês, e meu pai, quando criança, teve os mesmos problemas.
Naquela hora ficou claro que o que estávamos vivendo eram reflexos da nossa linhagem espiritual e que precisávamos cultuar os espíritos destes dois antepassados, pois eles estavam se manifestando como uma forma de pedir ajuda.
Foi feito o Sorei Saishi (Ofício Religioso de Sagração e Assentamento dos Ancestrais e Antepassados) dos meus tios e, a partir daí, a melhora do nosso filho passou a ser progressiva. Foi retirado o tubo pelo qual respirava, a medicação foi diminuída até não precisar mais dela. Os médicos relataram que poderia haver uma crise de abstinência por conta dos vários dias sedado, mas pela força da constante ministração do Johrei, desde que saiu da sedação, ficou calmo e dormia tranquilamente.
Atualmente ele é um menino perfeito muito alegre forte e, após purificação e acompanhamento, nunca mais teve crise.
Nesses dois anos que se passaram, vim mudando meu sentimento de dedicação a Deus. Aprendi a agradecer em qualquer circunstância e a colocar o servir ao próximo em primeiro lugar.
Recebi muitas graças, as quais confirmaram que estou no caminho certo na missão.
Agradeço ao Supremo Deus, a Meishu-Sama, aos meus antepassados, às orientações e ao acompanhamento recebido.
Muito obrigado.