Estive casada por sete anos com o pai dos meus filhos. Nosso filho mais velho, Carlos Neto, desde muito cedo apresentava alguns sintomas como inquietude e impulsividade e era agressivo. Aos dois anos de idade, não foi aceito na creche, pois mordia os colegas constantemente e somente aos três anos de idade começou a falar. Não recebia Johrei, não gostava de ser tocado, só eu e minha mãe podíamos fazê-lo, e tinha dificuldade para obedecer e entender alguns comandos.
Aos cinco anos de idade foi diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). No ano seguinte ao diagnóstico, para minha surpresa, uma amiga conseguiu uma vaga na creche militar. Em 2017, Neto já estava com sete anos.
Após a separação, passei a morar novamente com meus pais, que na ocasião residiam ao lado da Igreja Messiânica. Com a mudança de endereço, ocorreu também a mudança de escola de meu filho.
A psicopedagoga da nova escola me orientou a procurar outro neurologista para reavaliar o laudo, pois havia a possibilidade de não ser TDAH, mas Síndrome de Asperger ou Autismo.
Agendei uma nova consulta com o neuropediatra, que, após as avaliações, confirmou o diagnóstico de Asperger, considerada a forma mais branda do autismo, que não afeta a linguagem, embora haja, em alguns momentos, atraso na comunicação social.
Quando tive o diagnóstico e passei aceitar o comportamento dele, tudo começou a mudar para melhor. Passamos a dedicar intensamente e ele sempre acompanhava minha mãe nas reuniões de Johrei às segundas-feiras após as aulas e nas férias, participando das mesmas o dia todo.
Naquele mesmo ano de 2017, recebemos a visita do presidente da Igreja em Manaus e muitas caravanas também estiveram presentes. Foi inacreditável o comportamento do meu filho durante o recebimento do Johrei. Todos, sem exceção, elogiaram sua postura.
Assim, quando entendi a purificação de meu filho como demonstração do amor de Deus em nossas vidas, despertei para dedicar mais ativamente na prática do Johrei. Apesar de trabalhar em média 10 horas por dia, comecei a dedicar também na cantina e, depois, na limpeza dos banheiros.
Nossa vida mudou de tal forma, que agora não vejo como uma purificação. Além do mais, meu filho sempre ensina muitas coisas. Essa mudança de postura, a prática de Johrei, a mudança na alimentação, as dedicações no lar fizeram toda a diferença em nossas vidas.
Hoje, Carlos Neto quase não apresenta característica do espectro autista. Vivemos em um lar paradisíaco com os meus filhos, em que a harmonia e a felicidade estão presentes.
Sou grata a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados pelo caminho percorrido até agora, pois todos os dias vejo meu filho como um presente em nossas vidas, e reconheço que sempre tivemos o melhor mesmo diante das dificuldades.
Muito obrigada.