Minha irmã mais nova e eu nos ressentimos com nossa irmã, pois julgávamos que ela havia magoado nossa mãe profundamente. Assim sendo, também cortamos relações com ela e desde então, não tínhamos mais nenhum tipo de contato.
Aliada a outras, essa situação gerou em nossa mãe depressão e ansiedade, que aumentavam ainda mais a distância entre nós todas.
Em agosto de 2013, ingressei na fé messiânica e, com o tempo, passei a compreender melhor como o Mundo Espiritual nos influencia e o quanto as purificações precisam ser enfrentadas. Sentia que, para limpar a mágoa no coração, era preciso que minha mãe perdoasse minha irmã, pois uma possível aproximação certamente a magoaria, tamanho era o seu ressentimento. Assim, ministrava-lhe Johrei, lia os Ensinamentos com o sentimento de que Deus tocasse seu coração e conversava com ela sobre a necessidade de ela perdoar minha irmã mais velha.
Em julho de 2019, minha irmã veio visitar nossa avó, e para nossa surpresa, ela pediu para conversar com nossa mãe, que, dessa vez, concordou. Finalmente, após nove anos, elas se perdoaram. Neste mesmo dia, quando soube da notícia, fui expressar minha alegria e abraçar minha irmã mais velha, restabelecendo o contato.
Depois de tanto pedir a Deus que minha mãe perdoasse minha irmã, faltava agora a irmã caçula que, devido à mágoa que guardava, não trocava palavras com a mais velha e se mantinha indiferente. Eu sofria muito vendo esse distanciamento familiar.
Apesar de ter dificuldades, esforçava-me para realizar as práticas de fé, colocando sempre arranjos florais nos cômodos da casa, oferecendo donativo de gratidão e, principalmente, organizando mensalmente as reuniões de Johrei no lar. Minha irmã mais nova, que também é messiânica, participava sempre que podia e meus pais, que não são membros, recebiam Johrei e me apoiavam nessa dedicação.
No início de 2020, para nossa alegria nasceu minha sobrinha. Logo em seguida, a pandemia do coronavírus eclodiu no nosso estado.
Com sentimento de gratidão e objetivando harmonia no restante da família, fiz uma dedicação de limpeza como polimento do corpo e da alma em alguns cômodos da casa e no nosso quintal. Fiz essa dedicação com minha irmã mais nova, convidando também nossos antepassados.
Nesse ínterim, tivemos a notícia de que minha irmã mais velha viria a Belém, no mês de agosto, para que pudéssemos conhecer nossa sobrinha. Embora apreensivas por conta da pandemia, ficamos muito felizes.
Na chegada de nossa irmã mais velha e nossa sobrinha de poucos meses de vida, para nossa surpresa, minha irmã mais nova não só veio espontaneamente cumprimentá-la, como tomou nossa sobrinha nos braços e mostrou-se muito afetuosa com a pequenina, comprando-lhe presentes e mostrando-se interessada em seu desenvolvimento. A partir desse momento, minhas irmãs conversaram novamente e restabeleceram uma relação harmoniosa.
Foi indescritível nossa felicidade. Comemoramos e consideramos ser mais um milagre de Deus e Meishu-Sama. Hoje, graças a Deus, após nove anos de rompimento de laços familiares, recebemos de Deus a permissão de voltarmos a conviver como uma família.
Agradeço a Deus e a Meishu-Sama e me comprometo a continuar cuidando dos nossos antepassados, assim como a me empenhar em fortalecer minha fé e dedicar pela formação do maior número de novos membros.
Muito obrigada.