Desde criança, meu relacionamento com meu pai sempre foi difícil, ao ponto de eu ter receio de conversar com ele, por ser muito rígido, autoritário e um pouco frio.
Conforme fui crescendo, sem perceber, acabei reproduzindo o seu comportamento. Em muitas situações, o enfrentava demonstrando minha rebeldia.
Ao ingressar na fé messiânica, isso melhorou um pouco, mas nossa convivência ainda continuava fria e distante.
No início de maio deste ano, tivemos um desentendimento muito sério e tudo veio à tona. Nos agredimos muito verbalmente e, no auge da discussão, lhe disse coisas duras com muita raiva e sem pensar nas consequências.
Passados uns dias, meu coração foi ficando apertado e não conseguia pensar em alguma alternativa que pudesse reverter a situação.
Dessa forma, fui buscar orientação com a assistente de ministro, que me disse para manter a calma e aguardar o tempo certo. Ela me mostrou que aquela situação era a oportunidade para minha transformação.
Fiz uma reflexão e fiquei muito envergonhada com minha atitude. No dia da minha dedicação no Johrei Center, diante do altar, pedi perdão para Meishu-Sama. Nesse momento, senti que deveria pedir perdão, também, ao meu pai.
Passei a elevar meu pensamento a Deus e a Meishu-Sama diariamente agradecendo a vida do meu pai e ressaltando suas qualidades.
Realizei um mitamamigaki (dedicação de limpeza como polimento do corpo e da alma) em minha casa, seguido de leitura de Ensinamento e oração.
Neste momento, senti enorme desejo de convidar meu pai para receber Johrei. Assim, fui a casa dele e ofereci-lhe o Johrei. Para minha surpresa, ele aceitou.
Na semana seguinte, repeti o convite e, novamente, ministrei Johrei ao meu pai. Com estas práticas, o meu sentimento e minha postura diante dele começaram a mudar.
Passei a compartilhar situações de minha vida pessoal com ele, algo que há muito tempo não fazia. Ele também me confidenciou algumas dificuldades que enfrentava e busquei ajudá-lo prontamente. Ele se mostrou muito sensibilizado e agradecido.
No dia do seu aniversário, dei-lhe um presente e um abraço bem apertado, e ele me perguntou: Você me ama filha? Respondi:- É claro que te amo, pai! Faria qualquer coisa para vê-lo feliz.
Ele continuou dizendo: Você é uma filha especial, pois nunca me abandonou. Não guardo nenhuma mágoa de você! Dessa forma, a nossa relação tornou-se harmoniosa e, atualmente, convivemos em paz e ele continua recebendo Johrei.
Por meio dessa experiência, aprendi que a mudança deve sempre começar do indivíduo e que jamais devemos esperar que ela parta da outra pessoa.
Sinto que ganhei permissão de me elevar espiritualmente e promover essa mudança interior por meio das práticas da fé messiânica e do estudo e aplicação dos Escritos Divinos no dia a dia.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão de vivenciar esse aprendizado e de poder concretizar o Paraíso em meu lar e em inha família.
Muito obrigada.