Achava que não havia mais solução e que a separação seria inevitável. Sentia um desespero que tomava conta de mim. Pensava em sumir deste mundo e, nesses momentos, tentava pensar em algo que fosse mais importante e me lembrava de minha filha e dos ensinamentos de Meishu-Sama. Nessa época, minhas dedicações se restringiam à participação nos cultos mensais. Senti a necessidade de orientação sobre tudo o que estava passando e fui conversar com a ministra da unidade, a quem relatei meu sofrimento.
Durante a conversa, a ministra me perguntou sobre o Sorei Saishi (Ofício Religioso de Assentamento e Sagração dos Ancestrais e Antepassados) e se eu cultuava a linhagem familiar do meu marido. Respondi que não cultuava a família dele, somente a minha. Ela me orientou a começar a sufragar as linhagens do meu marido, manifestando minha gratidão a seus antepassados; orientou-me, também, a manter flores em casa e a ler os ensinamentos.
Comecei a seguir as orientações e, com o passar dos dias, fui-me sentindo melhor e mudando meus pensamentos.
Alguns dias depois, meu marido começou a sentir fortes dores no abdômen; nós o levamos ao hospital, e foi diagnosticado cálculo renal. Durante a semana, não pôde trabalhar e ficou de repouso; minha mãe passava em casa depois do trabalho e ministrava-lhe Johrei.
Ao final desse processo, meu esposo perguntou por que eu não lhe ministrava Johrei, só minha mãe. Nesse momento, percebi que, embora o conhecesse há quinze anos e fôssemos casados há seis, nunca lhe oferecera Johrei. A partir de então, procuro ministrar Johrei a ele e à minha filha todos os dias.
Tenho tido dias muito melhores, sem pensamentos negativos e estou mais tranquila. Meu marido e eu estamos bem mais próximos, há uma parceria nas atividades em nosso lar, nos cuidados com a família, e o diálogo se restabeleceu. Há vezes em que até me acompanha à igreja e fica recebendo Johrei enquanto dedico.
Entendi que não eram as atitudes do meu marido que estavam erradas, mas sim meu olhar sobre elas. Minha postura não estava de acordo com minha missão enquanto messiânica.
Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos nossos antepassados esse aprendizado e oportunidade de salvação.
Muito obrigada.