No lar, sempre cultivamos horta, mas eu nunca tive vontade de me dedicar a ela.
Recentemente, participei de uma atividade na igreja em que foi realizada uma vivência de horta caseira. Foi solicitado que colocássemos a mão na terra e elevássemos o pensamento a Deus e aos antepassados que foram agricultores.
Nesse momento, fechei os olhos e vivenciei emoções nunca sentidas em minha vida. Pude sentir de maneira muito forte a presença de Deus.
Levei o vaso em que eu havia plantado uma semente de alface para casa e deixei-o na sala. Foi então que minha mãe disse: Filha, se você não cuidar da alface, ela não vai brotar ou então vai brotar e logo morrerá. Você precisa regar com água e colocá-la ao sol.
Depois das palavras de minha mãe, relembrei a emoção que experimentara durante a vivência e mudei meu sentimento.
Assim, cuidei da plantinha e, surpreendentemente, na tarde do dia seguinte, ela brotou e começou a crescer forte e saudável.
Daí em diante, aprendi muitas coisas com meu pé de alface. Passei a cumprimentá-lo, regá-lo e colocá-lo ao sol todos os dias. Com isso, minhas atitudes começaram a mudar naturalmente dentro do lar, chegando a ser elogiada pelos meus pais.
Tornei-me mais cuidadosa, atenciosa, organizada e paciente. Antes deixava meu quarto desorganizado; quando lavava os pratos, não gostava de secá-los e guardá-los e deixava a pia para minha mãe concluir a limpeza. Hoje, isso não ocorre mais.
Eu era uma pessoa que vivia mal-humorada. Todavia, graças aos cuidados com a minha horta, consegui mudar os sentimentos, pensamentos e ser mais positiva e bem-humorada.
Com essa experiência, aprendi que posso também me ligar a Deus por meio da natureza, pois isso também é um estado de oração.
Quero aproveitar todas as oportunidades que Meishu-Sama me conceder para ser útil à Obra Divina e apresentar a horta caseira aos meus colegas na escola.
Muito obrigada.