Tenho 58 anos e sou membro da Igreja Messiânica há 37.
Dedico como assistente de ministro na difusão Duque de Caxias, ligada à Igreja Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Gostaria de compartilhar como o servir à Obra Divina foi capaz de transformar o destino de minha família, tirando-nos de um quadro de doença, pobreza e conflitos, e conduzindo-nos a uma vida paradisíaca.
Nasci em um lar muito humilde. Sou a mais nova de seis irmãos.
Meu pai, apesar de ter emprego fixo, levava uma vida boêmia e gastava quase todo o dinheiro com divertimentos.
Isso trazia muitas dificuldades financeiras para a família e conflitos entre ele e minha mãe. Por vezes, faltava-nos o básico, até mesmo para a alimentação.
Minhas irmãs purificavam com dores de cabeça e bronquite, e minha mãe faleceu de câncer aos 42 anos, dez dias após eu completar 15 anos de idade.
Após sua perda, entrei em depressão profunda, não me alimentava de maneira adequada e fiquei debilitada fisicamente.
Depois de aproximadamente um ano, contraí um forte resfriado que evoluiu para uma tosse constante.
Precisei ficar internada e, ao ser submetida a alguns exames, descobri que estava com tuberculose em estágio avançado.
Passei a fazer uso de antibióticos, mas o quadro só se agravava. Em aproximadamente dois meses, emagreci 30 quilos.
Eu não tinha forças sequer para me levantar da cama. Apresentava dores no corpo e praticamente não fazia as refeições.
Nesse período, minha irmã havia começado a receber Johrei com uma amiga que se tornara messiânica.
Ela sofria com muitas dores de cabeça e melhorou com o recebimento do Johrei.
Então, solicitou à amiga que fosse à nossa casa prestar-me assistência. Sendo assim, nesse dia, recebi Johrei por cerca de uma hora.
Durante a madrugada, vomitei grande quantidade de secreção espessa, com coloração avermelhada e forte odor de remédio. Depois, voltei a dormir.
Ao acordar, estava bem-disposta, levantei-me da cama e tomei café da manhã normalmente.
Desse dia em diante, não tossi mais, nem apresentei qualquer sintoma da tuberculose.
Passei a receber em média dez Johrei diariamente na unidade religiosa e tive alta do tratamento médico.
Fiz as aulas de Princípios Messiânicos e tive a permissão de receber o Ohikari (Medalha da Luz Divina) em setembro de 1986, cerca de seis meses após o primeiro Johrei.
Minhas cinco irmãs também ingressaram na fé e passamos a servir juntas à Obra Divina.
Realizávamos ministração de Johrei, assistência religiosa, dedicações na unidade e atividades de expansão.
Casei-me, tive duas filhas e, após aproximadamente quinze anos, me separei.
Em 2009, comecei a fazer reuniões de Johrei mensalmente em casa com minhas irmãs.
Por meio dessa atividade, encaminhamos muitas pessoas à fé messiânica, até mesmo meu ex-marido, que se outorgou em 2013, e com quem mantenho um bom relacionamento.
Meu pai, que partiu para o Mundo Espiritual em junho de 2019, apesar de não ser membro, participava das reuniões de Johrei em nosso lar.
Observando a mudança da família, ele dizia que gostaria muito que nossa casa se tornasse uma igreja, pois sabia que assim poderíamos dar prosseguimento à dedicação de salvar pessoas.
Em setembro do mesmo ano, tive a permissão de entronizar o Altar da Luz Divina no lar.
Em outubro de 2020, inaugurei em minha casa um Ponto de Luz.
Ele funciona todas as quartas-feiras, das 15 às 18 horas e desenvolvemos atividades relacionadas às três Colunas de Salvação: Johrei; Agricultura Natural, com vivências de horta caseira, e o Belo, com a distribuição de miniarranjos florais.
Atualmente recebemos em média 30 pessoas semanalmente, entre membros, frequentadores e visitantes de primeira vez.
Por meio dessa dedicação, tenho a oportunidade de presenciar mudanças na vida de muitas pessoas.
Dentre as experiências mais marcantes que vivenciei recentemente gostaria de salientar três.
Uma vizinha enfrentava diversos conflitos familiares e sentia fortes dores na coluna.
Ao começar a receber Johrei, o convívio familiar foi-se harmonizando gradativamente, e as dores cessaram.
Passei a realizar reuniões de Johrei semanalmente em seu lar, da qual participam sua mãe, seu marido, um filho e um neto.
Ela recebeu Ohikari em janeiro de 2022, e, em junho de 2023, foi a vez de sua mãe.
A irmã de um missionário passava por intensos conflitos com o filho adolescente.
Com o recebimento de Johrei no Ponto de Luz, nosso acompanhamento, e a orientação do ministro, ela entendeu que, para mudar o destino de sua família, precisava empenhar-se em fazer o próximo feliz e se elevar espiritualmente.
Dessa maneira, tomou a decisão de receber o Ohikari e ingressou na fé messiânica em novembro de 2022. A irmã outorgou-se no mês seguinte, e a sobrinha, em junho deste ano.
Com as dedicações, observou mudanças positivas no comportamento do filho, que recebe Johrei frequentemente, e o convívio no lar se equilibrou.
Um jovem que perdera o pai recentemente entrou em profunda depressão e pensava em tirar a própria vida.
Acompanhando sua mãe semanalmente ao Ponto de Luz, teve o desejo de ingressar na fé messiânica, e ambos se outorgaram em agosto de 2022.
Hoje ele superou completamente o quadro depressivo e dedica ativamente na Obra Divina.
De 2020 até o os dias atuais, 15 pessoas foram outorgadas e dezenas de frequentadores estão sendo acompanhados.
Dezesseis pessoas de minha família se tornaram messiânicos. Estão estabilizadas financeiramente, vivem em paz em seus lares e desfrutam de boa saúde.
Minhas filhas também dedicam na Obra Divina.
Elas fizeram faculdade, constituíram família e alcançaram a prosperidade.
Já tenho cinco netinhos, e três deles têm o Shoko (Medalha de proteção para crianças).
Os outros dois, ficam cobrando, quando vão receber a medalha deles.
Refletindo sobre a minha trajetória na fé messiânica, percebo que, inicialmente, eu estava voltada para resolver os problemas pessoais e cheguei a obter alguns resultados.
Todavia, a verdadeira transformação só foi possível quando entendi que somente seria feliz se fizesse feliz meu semelhante, apresentando Meishu-Sama e a Luz da salvação.
À medida que evoluí na fé, me aprofundei na leitura dos Escritos Divinos e nas práticas messiânicas, minha vida foi sendo modificada.
Aprendi a lidar com os problemas com mais tranquilidade.
Isso não quer dizer que tenham acabado, mas acredito que Deus está no comando e que no momento certo, tudo se resolverá.
Não tenho palavras para expressar minha gratidão a Deus e a Meishu-Sama.
Meu desejo é ajudar cada vez mais as famílias a formar lares paradisíacos como ocorreu comigo.
Sigo convicta de que minha missão neste mundo é servir na Obra Divina em prol da salvação da humanidade, para a construção do Paraíso Terrestre.
Muito obrigada.