A causa fundamental é que existe, nessas pessoas, um sério distúrbio psicológico. Trata-se de um conceito materialista, que faz acreditar que qualquer que seja a ação ilícita, tudo acabará bem se for praticada com habilidade, sem o testemunho de terceiros.

Todavia, o delito é descoberto de uma forma que nem é possível imaginar. Então, o culpado se surpreende e se põe a pensar. O que se passa em seu íntimo deve ser mais ou menos o seguinte: "Infelizmente, fui descoberto, apesar de eu ter feito tudo com muita habilidade.

Conhecendo a lei como conheço, não deixei nenhuma pista que me levasse à condenação. No entanto, não consigo entender – como cheguei a essa situação?

Agora, é inútil ficar lamentando um fato consumado. Farei o possível para conseguir a atenuação da pena. Da próxima vez, serei mais engenhoso." Creio que este é o pensamento da maioria deles.

Todavia, há também funcionários públicos que são dignos de louvor e, nessa situação, caem em si e tomam uma decisão: "Eu não devia ter provocado um escândalo como esse. Sou culpado! Vou cumprir a pena com dignidade e, aproveitando esta oportunidade, vou-me regenerar."

Apesar de pensarem dessa forma, com o decorrer do tempo, tal decisão poderá perder a força e os culpados, reincidir no erro. Isso se verifica porque não creem em Deus.

Então, como devemos proceder para resolver definitivamente esse problema? Nem é preciso dizer que a solução é a fé.

É por meio dela que precisamos fazer com que a pessoa reconheça a existência de Deus. Afirmo categoricamente que, além disso, não há, em absoluto, outro meio. Isto porque, o raciocínio que leva à criminalidade é a crença de que Deus, definitivamente, não existe. Trata-se do pensamento extremamente simplista de que, acima da Terra, só existe o ar, e mais nada.

No entanto, quando afirmamos que, apesar de invisível, Deus sem dúvida existe, elas simplesmente nos tacham de sermos presos a crendices.

Afirmamos que Deus existe, porque realmente Ele existe e, mesmo assim, elas não conseguem pensar dessa forma. Portanto, não há dúvida de que, em seu interior, encontra-se enraizada a temível superstição do ateísmo. É lamentável que estejam dominadas por ela, que permeia a mentalidade dos criminosos. Por conseguinte, está mais do que claro que a chave para solucionar o problema é a eliminação da superstição do ateísmo.

Por que será que tais pessoas caíram em superstições como essa? O fato se deve à educação materialista que lhes veio sendo ministrada desde a infância.

Dessa forma, elas se encontram dominadas pela superstição criada pelo materialismo. Logo, nosso trabalho é de esclarecimento, ou seja, trata-se da reeducação desses indivíduos. Somente desse modo serão formadas pessoas que não cometem crimes.

Consequentemente, enquanto os políticos e os intelectuais não despertarem a esse respeito, tudo o que for feito será paliativo. É nossa tarefa fazer com que os criminosos compreendam que, embora consigam ocultar seus crimes aos olhos humanos, jamais poderão ocultá-los aos olhos de Deus.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5

Publicado em 12 de dezembro de 1951