Escritos Divinos

Ensinamento do dia

RELIGIÕES E MILAGRES (2ª parte)

Por: Meishu-Sama

Empregar todos os esforços para crer porque nos foi dito para crer,
produz algum efeito, pois isso é melhor do que duvidar. Tal efeito,
porém, não provém de Deus: trata-se apenas da força pessoal de cada
um.

Por que motivo um pensamento tão errado veio sendo aceito como a
coisa mais natural, até hoje? É que se desconhecia que essas divindades
não tinham poder suficiente e supria-se essa deficiência com a força
humana. Nesse sentido, em nossa religião, as pessoas se curam mesmo
que duvidem.

Isso se verifica porque a força de Deus é grande, não sendo necessário,
portanto, acrescentar a força pessoal. Logo, se uma divindade não tem
força suficiente para curar doenças, é porque seu nível é inferior.

Muitas vezes, quando as graças não ocorrem do modo desejado, os
sacerdotes e os membros mais antigos dão a desculpa de que a pessoa
não tem fé suficiente. Parece que eles acham que a graça é conseguida
com o esforço humano, ao invés de ser concedida por Deus.

Na verdade, Deus é infinitamente misericordioso; por isso, basta pedir
que, infalivelmente, Ele nos concede a graça. Ao contrário, quando o ser
humano se esforça demasiadamente e ultrapassa os limites, o verdadeiro
Deus fica desgostoso. Principalmente fazer jejuns, abstinências e outros
ascetismos é o que mais se distancia da Vontade de Deus, pois Seu
grande amor abomina o sofrimento humano.

Pensemos bem. Nós, seres humanos, somos filhos de Deus. Será que
existem pais que se alegram com o sofrimento dos filhos?

Ainda que a pessoa tenha conseguido receber uma graça por meio
de práticas ascéticas, quem a concedeu não foi o verdadeiro Deus, mas
alguma divindade maligna. Graças desse tipo não são duradouras.

As graças concedidas pelo verdadeiro Deus são diferentes: à medida
que nos dedicarmos à fé, nossos infortúnios diminuirão gradativamente,
atingiremos o estado de paz interior e seremos felizes.

Em síntese: forçar as pessoas a crer a fim de alcançar graças é típico
de religião de baixo nível; por outro lado, o fato de Deus conceder a
graça, independentemente da pessoa acreditar ou duvidar, é a prova
de que se trata de uma divindade de alto nível.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 2

Publicado em 11 de abril de 1951

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