RELIGIÕES E MILAGRES (1ª parte)
Por: Meishu-Sama
Desde tempos remotos, costuma-se dizer que os milagres são inerentes
à religião, o que realmente é verdade.
Modéstia à parte, talvez nunca tenha existido uma religião com
tantos milagres como a nossa. Em poucas palavras, eu diria que isso
ocorre porque o Deus que a rege possui a posição mais digna e elevada.
Na sociedade, quando se fala em divindades, pensa-se que quase
não existe diferença entre elas, e há a tendência de cultuá-las como se
fossem iguais. Entretanto, precisamos saber que, até entre elas, existe
uma hierarquia: superior, média e inferior.
Em ordem decrescente, essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo,
passa por Ubussunagami, chega até Tengu, Ryujin, Inari e outros.
Gostaria de falar detalhadamente sobre essa hierarquia, mas assim
eu estaria desvelando divindades de outras religiões. Portanto, por uma
questão de respeito, não o farei.
Desejo apenas mostrar, por meio de um exemplo, quão elevada é a
posição do Deus que dirige nossa religião.
Nem preciso dizer como o Johrei é maravilhoso, pois, com o passar
do tempo, à medida que se torna conhecido, ele está se constituindo
o grande fator da expansão da nossa religião.
Aliás, sobre a cura de doenças pelo Johrei, muitos acham um mistério
que ela ocorra mesmo que a pessoa duvide, receba-o apenas a título
de experiência ou julgue ser impossível curar-se por meio de "uma
tolice dessas".
Até o presente, em se tratando de cura de doença por meio de terapias
religiosas, era corrente o pensamento: "Acredite desde o início. Não se
pode duvidar." Assim, é normal que, condicionadas a este pensamento,
as pessoas achem isso misterioso. Vou explicar a razão.
Crer antes de ver algum resultado, na verdade, é enganar a si próprio.
Querer que se acredite numa coisa antes de ter alguma prova é um
contrassenso. Assim, é óbvio que isto está errado.
Empregar todos os esforços para crer porque nos foi dito para crer,
produz algum efeito, pois isso é melhor do que duvidar. Tal efeito, porém,
não provém de Deus: trata-se apenas da força pessoal de cada um.
Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 2
Publicado em 11 de abril de 1951