Conforme já falei a respeito da relação entre o Mundo Espiritual e o Mundo Material, todos os fenômenos que se passam neste são projeções do Mundo Espiritual, onde está ocorrendo uma grande mudança.

Conhecendo-se esse ponto, tudo se torna claro aos nossos olhos.

Todas as coisas existentes entre o Céu e a Terra nascem e se desenvolvem, bem como são criadas e destruídas pela ação daqueles dois mundos, em uma evolução infinita.

Em uma visão ampla, o Universo é macro infinito e, ao mesmo tempo, um conjunto de micro infinitos, que é o mundo da matéria. Por meio de sua contínua transformação, a cultura se desenvolve ininterruptamente.

Refletindo sobre isso calmamente, não podemos deixar de sentir à vontade do Universo, isto é, o objetivo e a intenção de Deus.

Em tudo há a distinção entre yin e yang, claro e escuro, dia e noite. Quando observamos a mudança das quatro estações do ano, a ascensão e o declínio das coisas, notamos que isso também se encaixa perfeitamente em nossa vida.

Existem, ainda, as classificações pequeno, médio e grande para tudo.

Aplicando tal raciocínio ao tempo, podemos dizer que, assim como ocorre a alternância do dia e da noite no espaço de um dia, ela se dá igualmente em intervalos de um, dez, cem, mil, milhares ou dezenas de milhares de anos.

É um fenômeno que ocorre no Mundo Espiritual; no Mundo Material, só notamos a diferença no espaço de vinte e quatro horas.

Obedecendo a essa lógica, no Mundo Espiritual, é chegada a hora da mudança da noite para o dia, que, efetivamente, se processa em intervalos de alguns milhares ou dezenas de milhares de anos.

Trata-se de um fato extremamente importante, cujo conhecimento é imprescindível à compreensão do princípio do Johrei.

O entendimento a respeito dessa mudança possibilita não só compreender o Johrei como também antever o futuro do mundo, o que conduz o ser humano à paz interior.

Explicarei como se projeta no Mundo Material a alternância entre noite e dia, que ocorre no Mundo Espiritual, em milhares e milhares de anos. [...]

Por Meishu-Sama - O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - poema 2 - trechos

Publicado em 5 de fevereiro de 1947