Eu não acreditava em fenômenos espirituais; mesmo assim, decidi solicitar Johrei a Meishu-Sama por intermédio do ministro. Entretanto, logo depois que falei com meu ministro, minhas pernas perderam completamente as forças, e eu não consegui mais ir até Meishu-Sama, nem mesmo carregada.
O ministro, então, pensou: "Do jeito que ela está, não acredito que melhore em um ou dois dias, mesmo recebendo Johrei. É impossível...", e acabou não solicitando Johrei a Meishu-Sama.
Nesse meio-tempo, o secretário de Meishu-Sama, o Sr. Inoue, preocupado com meu estado, telefonou-me para saber como eu estava. Respondi-lhe: "Desloquei a bacia e não posso mover-me." O Sr. Inoue pediu-me que aguardasse na linha: "Vou falar com Meishu-Sama." Ao retornar, comunicou-me que Meishu-Sama dissera: "Ela precisa vir imediatamente!"
Era muito difícil arranjar um carro naquela época e tive que esperar um dia inteiro. Ligavam-me, de manhã e de noite, e me pediam que eu fosse o mais rápido possível. Finalmente, consegui um carro e fui diretamente ao seu encontro.
Quando lá cheguei, fui logo encaminhada aos seus aposentos. Enquanto me ministrava Johrei, Meishu-Sama afirmou: "Você está realmente muito fraca. Se deixasse passar mais uma semana, correria risco de vida", o que me assustou profundamente.
Naquele dia, Meishu-Sama ministrou-me Johrei por tão longo tempo e com tanta atenção, que eu não sabia o que dizer. Ele transmitiu ao meu coração o seguinte ensinamento: "É assim que devemos ministrar Johrei quando alguém purifica."
Meishu-Sama preocupou-se muito comigo naquela ocasião: "Mesmo que um alto funcionário do governo me solicite Johrei, eu não ministro. Contudo, se for uma pessoa útil à Obra Divina, faço tudo para salvá-la." Ouvindo palavras tão calorosas, não pude conter as lágrimas que insistiam em rolar.
Dez dias depois, Meishu-Sama disse: "Agora não há mais perigo. Finalmente, posso ficar tranquilo! Estive tão preocupado com seu estado que, até à noite passada, não consegui dormir tranquilamente." Ao ouvir tais palavras, fiquei tão grata e emocionada que não pude articular nenhuma palavra de agradecimento.
Meishu-Sama sempre afirmava: "Tentar mostrar-se importante requer esforço, enquanto ser digno da gratidão do próximo é mais simples." Sempre que me lembro dessas palavras, vem-me nitidamente à memória a gentileza de Meishu-Sama para comigo quando tive a vida salva por ele.
Naquele dia, eu pensei: "Mesmo uma pessoa como eu, sem instrução nem formação especial, pode ser utilizada na Obra Divina, se servir de corpo e alma."
Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol. 1 - relato 101