SEJA UM CIDADÃO DO MUNDO (Segunda e última parte)
Por: Meishu-Sama
[...] Pelo motivo que expliquei, mesmo atualmente, as pessoas formam grupos, dizendo-se defensoras de determinado princípio ou ideologia e consideram os demais como inimigos.
Discursos radicais como: “Sou favorável à política nacional”; “Sou dedicado à minha nação”; “Sou nacionalista”; “Meu país é divino”, além de levarem a nação a incorrer em erros, passam a constituir obstáculo para a paz mundial.
Por esse motivo, em comemoração à assinatura do Tratado de Paz, é preciso que, pelo menos os japoneses se tornem universais, abandonando o pensamento limitado, shojo, que tiveram até agora, e aderindo ao pensamento amplo, daijo. De agora em diante, este será o pensamento progressista que se estabelecerá no mundo, o qual precisa de pessoas desse tipo.
Embora o assunto seja outro, ocorre o mesmo com a religião. Já está ultrapassado criar igrejas, seitas, divisões ou diferentes alas.
Modéstia à parte, não possuímos o mínimo resquício de pensamento mesquinho de proibir nossos adeptos de contatarem outras religiões. Ao contrário, esse contato é até motivo de alegria para nós, visto que nossa religião é pacifista, e seu objetivo é harmonizar a humanidade, fazendo do mundo uma só família. Assim, consideramos todas as religiões nossas companheiras e, dando-nos as mãos, procuramos caminhar juntas, amistosamente.
Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol.
Publicado em 3 de outubro de 1951