ALIMENTAÇÃO E NUTRIENTES (Segunda e última parte)
Por: Meishu-Sama
Resolvi, então, experimentar, segundo os meus critérios, o método em mais de dez pessoas da família, inclusive em meus seis filhos, e obtive bons resultados. Felizmente, consegui banir do meu lar o fantasma da doença.
O mais interessante foi que experimentei ministrar-lhes uma alimentação considerada desequilibrada pela falta de nutrientes [da carne]. Assim, determinei que minha esposa e os servidores oferecessem uma alimentação frugal às crianças.
Foi utilizado arroz 70% beneficiado, diversas hortaliças e, de vez em quando, peixe, mas apenas salmão salgado, sardinha seca e peixes comuns. Além disso, oferecia arroz embebido em chá ou bolinho de arroz com sal acompanhados de picles japonês, ou ainda, bolinho de arroz envolto em alga marinha, entre outros. Ou seja, oferecia-lhes, em grande quantidade, alimentos considerados de baixo valor nutricional do ponto de vista da nutrição.
O resultado foi surpreendente: durante o ensino fundamental, meus filhos foram bem avaliados tanto no aspecto físico quanto no nutricional.
Desde minha filha mais velha, de dezesseis anos, até o mais novo, de quatro anos, nenhum deles contraiu doença grave. Todos os anos, eles eram agraciados com prêmios de assiduidade por não terem faltado um dia sequer às aulas.
Aproveitando a valiosa experiência obtida por meio dessa prática, apliquei o mesmo método a centenas de pessoas que me procuraram desde que comecei a tratar de doentes, há oito anos. Os resultados foram excelentes, não havendo nenhuma exceção.
A alimentação à base de hortaliças tem sido muito eficaz, principalmente no caso de pessoas portadoras de problemas pulmonares e de pleurite. Gostaria, portanto, que os médicos pesquisassem como essa alimentação é eficaz para tais casos.
Pelos fatos que expus, poderão ver que a nutrição, cujo avanço é crescente em nossos dias, apresenta um erro fundamental. Não me acanho de apontá-lo, pois, por constituir um sério problema do ponto de vista da saúde pública, estou alertando enfaticamente não só os estudiosos do assunto como também as pessoas em geral.
Se esta nova forma de alimentação que tenho proposto se tornar uma prática comum, será uma boa-nova, até mesmo do ponto de vista da economia de nosso país. Nossos agricultores possuem resistência física para o trabalho porque têm uma alimentação frugal; caso eles passassem a adotar alimentação à base de carne, garanto que não suportariam o tanto de trabalho que a lavoura requer.
Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em junho de 1935