Escritos Divinos

Ensinamento do dia

SABOR DA FÉ

Por: Meishu-Sama

Desejo falar a respeito do sabor da fé. Não existe, neste mundo, nada que seja destituído de sabor. Tudo possui seu sabor, seu encanto: as coisas, o ser humano e a vida cotidiana.

Se o excluirmos da vida, esta se tornará insípida e o ser humano, certamente, perderá a vontade de viver. Por conseguinte, creio que não é exagero dizer que o seu apego à vida decorre do deleite proporcionado pelo sabor.

Evidentemente, também na fé existem aquelas com e sem sabor. Pode parecer estranho, mas no mundo há exemplos de fé que suscitam medo. Caracterizam-se pelo temor às divindades, pelos mandamentos que aprisionam e restringem a liberdade. Denomino essa condição de inferno da fé.

Originariamente, o ideal da fé é um contínuo estado de tranquilidade em que o ser humano vive com alegria e prazer. Então, ele percebe que a beleza da Natureza expressa nas flores, nas aves, na brisa, na lua, no canto dos pássaros, nas águas e nas montanhas são dádivas de Deus para confortá-lo. Agradece profundamente por ser abençoado com alimentos, vestuário e moradia. Sente proximidade não apenas dos humanos, mas de todos os seres vivos da fauna e da flora. Isso significa “estar em estado de graça”.

É preciso chegar a um estado de espírito em que, após o máximo esforço em qualquer situação, a pessoa se entrega a Deus.

Sempre que me deparo com uma questão difícil de ser resolvida, procuro entregá-la aos cuidados de Deus e aguardo.

Numerosas experiências minhas demonstraram que essa atitude leva a resultados melhores do que os esperados. Posso afirmar que nenhuma vez ocorreu de os resultados terem sido da forma como eu temia.

Costumo alimentar esperanças e acho interessante o fato de os resultados superarem as expectativas.

 Há também situações em que, ao surgir algo ruim, me preocupo momentaneamente. Contudo, lembro-me que se trata, com certeza, da premissa de bons acontecimentos e, entregando-me a Deus, infalivelmente, constato que era uma situação ruim para trazer coisas boas.

Por vezes, sinto-me um tolo por ter me preocupado e não me contenho de tanta gratidão. Em suma, minha vida é um contínuo milagre. Eis o que denomino de maravilhoso sabor da fé.

Por Meishu-Sama – Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 4

Publicado em 5 de setembro de 1948

Acessos rápidos