O VALOR DO SER HUMANO ESTÁ NO SENSO DE JUSTIÇA E RETIDÃO (Primeira parte)
Por: Meishu-Sama
O meio mais seguro para avaliar o valor de uma pessoa é saber se ela possui, ou não, senso de justiça e de retidão. Eu tenho dois critérios que são infalíveis: se a pessoa não faz coisas erradas e se é confiável, ou seja, se podemos delegar-lhe qualquer coisa, sem receio.
Posso afirmar que não existe método melhor. Realmente, creio que o senso de justiça e de retidão constitui a espinha dorsal do ser humano. Quem não o possui, não inspira segurança, pois se assemelha à água- viva, a qual é destituída de ossos.
Portanto, em relação a todas as coisas, em primeiro lugar, devemos distinguir o certo e o errado. Se a outra parte for do mal, é preciso oferecer resistência, valendo-se da justiça sem se intimidar. Essa atitude poderá render momentos amargos, mas não há motivos para preocupação pois, no final, tudo correrá a contento.
Atualmente, o mundo está repleto de pessoas maldosas. Basta o menor descuido para sermos enganados, usados ou prejudicados. De fato, viver neste mundo requer muita cautela.
Em razão disso, o motivo de as pessoas medrosas viverem atemorizadas é porque lhes falta um firme senso de justiça e de retidão. Minha longa experiência é a melhor prova do que estou dizendo e, por esse motivo, vou tomá-la como exemplo.
Na época em que eu era empresário, ou seja, antes de me tornar religioso, fui enganado por muitas pessoas más e vivi amargas experiências.
Por felicidade, nasci com um senso de justiça e de retidão mais forte que a maioria e, por isso, enfrentava tudo, sem levar em conta as vantagens e as desvantagens.
O esforço empreendido na defesa da justiça acarretou-me muitos transtornos que, felizmente, foram passageiros. Com o tempo, a situação melhorava e, por fim, a outra parte acabava desistindo.
O resultado é que eu revertia a situação inicial e até obtinha vantagens ainda maiores. Por eu ser assim, sempre me via envolvido em processos judiciais, e um deles vem-se prolongando até os dias de hoje. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1
Publicado em 10 de outubro de 1951