O SÉCULO XXI (Sétima e última parte)
(...) O caso que se segue se deu no dia seguinte ao passeio.
Um vizinho meu convidou-me para ir a um lugar muito agradável, e eu o acompanhei sem hesitar. Mais ou menos no centro de certa cidade, existia um edifício surpreendentemente suntuoso.
Dirigimo-nos para lá. Nele, havia teatro, restaurante, locais de diversão etc. Eu quis saber que edifício era aquele, e meu amigo disse que era o centro comunitário, acrescentando que todos os bairros tinham um ou dois desses locais.
Em seguida, ele contou que, uma vez por semana, os membros se reuniam para trocar ideias. Naturalmente, avaliavam propostas sobre o plano de expansão da cidade, saneamento, lazer e outros segmentos, objetivando aumentar o bem-estar dos cidadãos.
Primeiramente, nós nos encaminhamos ao restaurante, onde saboreamos pratos deliciosos; a refeição era excelente, muito melhor que as do século anterior, em termos de sabor da comida e aroma das bebidas.
Pelo que meu amigo contou, uma vez por semana havia o Dia da Felicidade, em que os membros se reuniam e passavam momentos aprazíveis, saboreando pratos apetitosos, ouvindo música e assistindo a apresentações teatrais e de dança.
Nessa ocasião, as danças e as músicas eram apresentadas, com muito orgulho, pelas jovens de todas as famílias da cidade, que ensaiavam frequentemente.
Artistas profissionais e amadores faziam exibições conjuntas. As verbas para esta e outras atividades eram doadas pelos milionários da cidade, em benefício da sociedade.
Neste novo mundo, era surpreendente a intensificação das viagens. Nos parques nacionais, nas regiões montanhosas, nas praias e nas ilhas pitorescas de várias regiões, havia grande número de turistas, provenientes de todos os países.
Consequentemente, por mais afastado que fosse um lugar, o progresso cobria as distâncias com trens elétricos, bondinhos aéreos e outras formas de transporte.
As ferrovias e os meios de navegação eram magníficos e luxuosos; os preços, no entanto, eram bem baratos. Chegavam a ser quase de graça. E não era de se admirar, pois tudo isso também se tornava possível graças à contribuição social dos milionários.
Nessa altura, depois de ouvir as explicações durante o intervalo das apresentações, nem preciso dizer o quanto fiquei impressionado.
Por Meishu-Sama
Ensinamento escrito em 1948 e publicado em Luz do Oriente, vol. 1