A ORIGEM DA DOENÇA ESTÁ NA ALMA (Primeira parte)
Tudo o que existe neste Mundo Material é composto de matéria e espírito, sendo que a deterioração ou a decomposição da matéria são causadas pelo abandono do espírito.
Mesmo em relação às pedras, existe um tipo de pedra que se esfarela com facilidade, e isso também se deve à ausência de espírito.
A ferrugem que se forma na superfície dos metais tem a mesma causa, podendo-se dizer que ela é o "cadáver" dos metais. A existência de pouca ferrugem em espadas bastante polidas ou em espelhos antigos explica-se pelo fato de estar impregnado em ambos o espírito do artesão.
Em japonês, o espírito dos seres animados é chamado de seirei, enquanto o espírito da matéria é denominado simplesmente rei - espírito.
O ser humano, enquanto está vivo, é constituído pela união inseparável do espírito (seirei) com o corpo físico. A partida do espírito para o Mundo Espiritual constitui aquilo que chamamos morte.
Entretanto, no ser humano não existe apenas o espírito, pois, se fosse assim, não seria diferente dos seres inanimados. Além do espírito, ou melhor, dentro do espírito dos seres humanos, inclusive dos animais, existe a consciência e, dentro desta, a alma. Ou seja, no centro do espírito existe a consciência e, no centro da consciência, a alma. O tamanho da consciência é um centésimo do espírito, e o da alma é um centésimo da consciência.
Primeiramente, a alma se movimenta e, sucessivamente, a consciência, o espírito e o corpo físico se movem. Dessa forma, não só os movimentos do corpo humano, como todos os fenômenos que ocorrem no corpo físico, se originam na alma. Classificando tudo isso em termos de bem e mal, o corpo físico é o mal e a consciência é o bem.
Se a consciência for o mal, a alma é o bem. O repetido atrito entre esses vários "bem-mal" gera a harmonia, manifestando-se como força motriz para viver.
Assim, o aparecimento da própria doença ocorre em uma parte da alma, que é a milésima parte do espírito que, por sua vez, move o corpo físico. [...]
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 3
Publicado em 1935