Escritos Divinos

Ensinamento do dia

O EGO E O APEGO (Segunda e última parte)

[...] No Mundo Espiritual, é raro um casal permanecer junto. A razão disso está na diferença da posição espiritual dos cônjuges.

O convívio só é permitido a casais que se tornaram paradisíacos. Entretanto, aqueles que alcançaram certo grau de aperfeiçoamento têm permissão de se encontrar, mas apenas por um tempo. Essa licença lhes é concedida pelas divindades responsáveis pela camada que habitam.

Mesmo levados pela saudade, esses casais não podem se permitir qualquer tipo de intimidade. Caso haja pensamentos lascivos, seus corpos ficam rijos e perdem o movimento. Isso demonstra o quanto o apego é condenável.

A posição espiritual se eleva conforme o apego desaparece por meio do aprimoramento no Mundo Espiritual. Sendo assim, o encontro do casal será facilitado à medida que os cônjuges se elevarem. Creio que o leitor pode compreender como o Mundo Espiritual é diferente do Mundo Material.

Conforme afirmei em outra ocasião, a materialização do apego se manifesta em forma de espírito de cobra, o que é pavoroso. A transformação do espírito humano em espírito de cobra se inicia pela região dos pés, sobe pelo corpo e se completa após um tempo razoável.

No passado, fiz o tratamento espiritual em uma pessoa que possuía corpo de cobra e cabeça humana. No caso, seu espírito se transformara parcialmente em cobra.

Por ocasião da divulgação da fé, a postura persuasiva e insistente se confunde com fervor, mas os resultados não são favoráveis.

Impor a fé constitui uma ofensa às divindades. Ou seja, na ocasião de se recomendar a fé a alguém, é melhor falar pouco e prosseguir a conversa apenas se a pessoa demonstrar interesse. Caso contrário, deve conter-se e aguardar um momento oportuno.

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 4

Publicado em 5 de setembro de 1948

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