Escritos Divinos

Ensinamento do dia

A DEFASAGEM DO ESTUDO (Segunda parte)

[...] Através dos anos, o ensino tradicional se estruturou até atingir o que, em tese, seria uma forma organizada. Contudo, o rápido avanço da cultura se distancia dessa forma estática com uma velocidade surpreendente.

Um dia desses, ouvi do presidente de uma grande empresa o seguinte comentário: "Mesmo que seja muito inteligente, alguém que concluiu a universidade há mais de dez anos, hoje, muitas vezes, não consegue lidar com questões práticas. Isso ocorre devido à grande disparidade entre o conhecimento adquirido naquela época e o momento atual, ou seja, há uma defasagem entre o estudo e o tempo. Isso se dá principalmente entre os técnicos."

Essas palavras vêm ao encontro daquilo que eu explanava: como as teorias têm como base a época em que foram criadas, se não acompanharem o progresso da cultura, desaparecerão ao longo do tempo. Exemplifiquemos.

Dizem que os políticos atuais se tornaram medíocres, o que significa dizer que é difícil encontrar líderes de grande envergadura. Todo mundo sabe que os atuais ministros de Estado têm capacidade limitada e se mostram ocupadíssimos em resolver os problemas do momento; mas suas verdadeiras intenções são evidentes.

Isso ocorre porque, na atualidade, os políticos de nível ministerial são formados pelas universidades federais e deixam-se levar facilmente pelas velhas teorias. Racionais em tudo, eles não sabem que existe algo além da razão. É o mesmo que utilizar carroça em uma época em que existem carros, pois só aprenderam a conduzir àquela e não sabem dirigir carros.

No geral, o estudo desenvolve a inteligência humana, formando, até certo ponto, uma base, que corresponde ao alicerce de uma construção. É sobre esse alicerce que se ergue uma nova construção, isto é, coloca-se em prática o estudo, este é aprimorado e promove inovações.

Assim, dá-se uma sintonia do estudo com o contínuo progresso da cultura. E mais: ele vai além e cumpre o papel de liderança. Isso, sim, é o estudo vivo.

Recentemente, soube que o presidente Truman, dos Estados Unidos, por volta de 1921, era um comerciante de miudezas. Creio que foi essa experiência de vida que o levou até onde ele chegou hoje. [...]

Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 1

Publicado em 30 de janeiro de 1950

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