UMA FLOR EM LOUVOR A DEUS
Meishu-Sama afirmava: "As divindades malignas não gostam de flores." Ele próprio adornava os vários aposentos da casa com ikebana, a começar pela sala de estar. Como suas vivificações florais eram maravilhosas!
Éramos absorvidos pela beleza das composições e ficávamos contemplando-as, extasiados. Mesmo uma única flor que, à primeira vista, parecia ter sido colocada despretensiosamente, transmitia-nos a sensação de estar louvando a Deus com vibrante alegria e manifestando o princípio da Grande Natureza.
Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol. 2 - relato 298
CORTAR COM RAPIDEZ E VIVIFICAR IMEDIATAMENTE - Por um presidente da Igreja
Quando entrávamos no aposento de Meishu-Sama e, após cumprimentá-lo, olhávamos para o tokonoma, nós nos deparávamos com uma flor inusitada, vivificada de maneira original.
Quando digo "de maneira original", não significa que a ikebana de Meishu-Sama se assemelhasse aos arranjos modernos, como objetos. Graças à sua criatividade, ele não se prendia aos modelos de nenhum dos numerosos estilos existentes até então.
A primeira impressão que se tinha diante da flor de Meishu-Sama era sua naturalidade. Portanto, não havia a menor necessidade de forçar a imaginação para entender o arranjo; a flor estava na sua forma mais natural, em perfeita harmonia com o ambiente. E quem a apreciava era envolto, sem perceber, por uma sensação de tranquilidade. Era como se estivéssemos vendo a flor in natura.
Mesmo assim, a interferência humana se fazia sentir: as folhas em excesso eram podadas, as plantas eram cortadas na medida apropriada e o vaso era escolhido de acordo com o arranjo. Acredito que adicionar "o toque humano" na medida certa requer um alto grau de habilidade.
Meishu-Sama ensinava-nos frequentemente: "É bom cortar a flor e vivificá-la imediatamente; no máximo, em um ou dois minutos. Não se deve manuseá-la por muito tempo." E também: "Realmente, a verdadeira beleza é a que agrada a todos, e não há quem deixe de se maravilhar com a graça das flores na natureza."
Reminiscências sobre Meishu-Sama, vol. 2 - relato 299
Por um servidor próximo