A TEMPESTADE É UMA CALAMIDADE CAUSADA PELO SER HUMANO (Primeira parte)
É do conhecimento de todos que, desde tempos remotos, os tufões, as tempestades, as inundações etc. são tidos como calamidades naturais e as pessoas têm-se conformado com esses fenômenos considerando-os inevitáveis. No meu ponto de vista, entretanto, tais catástrofes não são calamidades naturais, mas sim causadas pelo ser humano. Vou explicar por quê.
Atualmente, a ciência busca avançar no campo das pesquisas meteorológicas, objetivando a diminuição dos prejuízos causados por essas catástrofes.
No Japão também se investem, todos os anos, elevadas quantias em instalações mais adequadas. Afinal, qual foi o resultado alcançado? Parece que, dificilmente, se atingirá o objetivo esperado. Haja vista que, a cada ano, as perdas originadas pelas calamidades atingem cifras altíssimas.
No recente Tufão Kitty, estima-se uma perda de cerca de 320 mil toneladas na safra de arroz, além de 4.229 casas que foram destruídas pelas águas.
Entre mortos e desaparecidos, somam-se 144 pessoas e dezenas de milhares ficaram feridas. Além disso, de acordo com as declarações dos órgãos competentes, os prejuízos com as plantações, com as destruições das rodovias e diques, com as casas e instalações etc. foram de aproximadamente 87 bilhões de ienes: um prejuízo realmente enorme.
Somando-se os danos materiais e imateriais causados por grandes e pequenos tufões, que ocorrem várias vezes ao ano, creio que as perdas são incalculáveis.
Em face de tal situação, mesmo que não haja possibilidade de erradicar essas calamidades, é necessário fazer o mais completo esforço para minimizar os danos. O governo e as entidades civis vêm aplicando todas as medidas possíveis, mas até por falta de verbas, os resultados não chegam nem a um décimo do esperado.
Se essas deficiências persistirem, é claro que não haverá solução para o problema. Se ficar na dependência apenas da pesquisa meteorológica, como ocorre hoje, não se conseguirá suprir as necessidades urgentes.
É como ficar aguardando "cem anos para que as águas do Rio Amarelo fiquem claras". Isso porque as pesquisas científicas se baseiam na parte material, ou seja, analisam apenas a superfície das coisas e são incapazes de identificar o seu interior.
Para solucionar o problema, não há outro recurso absoluto senão apreender a causa fundamental mais profunda. Surge, então, a pergunta: o que devemos fazer para conhecermos essa causa?
É exatamente isso que vou expor a seguir.
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 2
Publicado em 30 de janeiro de 1950