A VITÓRIA DO CULTIVO NATURAL: A EXTRAORDINÁRIA FORÇA DO SOLO (Primeira parte)
O princípio da Agricultura Natural
O princípio da Agricultura Natural consiste em fazer manifestar a incrível força do solo. Isso porque, até agora, o ser humano desconhecia a verdadeira natureza do solo, ou melhor, não lhe era dado conhecê-la.
Tal desconhecimento levou-o a adotar o uso de adubos e, despercebidamente, acabou por colocá-lo em uma situação de total dependência em relação a eles, o que tornou essa prática uma verdadeira superstição.
No começo, por melhor que eu explicasse o que era o cultivo agrícola sem adubos, as pessoas não me davam ouvidos e riam de mim. No entanto, fui sendo recompensado aos poucos e, ultimamente, a cada ano que passa, os praticantes do cultivo natural têm aumentado, mesmo porque os resultados das colheitas, em toda parte, têm sido surpreendentes.
Ainda que, no momento, a maioria seja da esfera de nossos fiéis, de hoje em diante surgirão gradativamente, em várias regiões, simpatizantes fora desse círculo.
Nosso método agrícola está se expandindo rapidamente; portanto, já se pode imaginar que não está longe o dia em que ele será praticado em todo o território japonês. Assim sendo, falando francamente, acho que nossa forma de cultivo poderá ser divulgada como "movimento que rompe com a superstição do adubo".
Por ser uma agricultura que não usa absolutamente adubos, nem na forma de esterco nem de fertilizantes químicos, mas somente compostos naturais, é denominada de método de cultivo natural.
Evidentemente, a matéria-prima dos compostos naturais é o mato seco, que surge de modo natural. Contrariamente, os adubos, o esterco de cavalo ou galinha, os resíduos de peixe e as cinzas de madeira não caem do céu nem brotam da terra: são aplicados pelo ser humano. Portanto, não é preciso dizer que a utilização destes é antinatural.
Originariamente é certo que nada poderia existir neste mundo sem as benesses da Grande Natureza, ou seja, nada nasceria nem se desenvolveria sem os três elementos: fogo, água e terra.
Em termos científicos, esses elementos correspondem, respectivamente, ao oxigênio do fogo, ao hidrogênio da água e ao nitrogênio da terra. Na agricultura, não existe um só produto que não tenha relação com esses elementos.
Assim, Deus fez com que os cereais e as hortaliças que constituem os alimentos para a sobrevivência do ser humano possam ser produzidos na quantidade exata de sua necessidade.
Por Meishu-Sama - Coletânea Alicerce do Paraíso, vol. 5
Publicado em 22 de novembro de 1950