A AMPLA TOLERÂNCIA
A constatação de que o que é bom do ponto de vista shojo é mau do ponto de vista daijo e vice-versa requer uma análise mais profunda.
Objetivamente, a pessoa de tipo shojo pode chegar a extremos, o que pode limitar a reflexão e o bom senso.
Frequentemente, é excêntrica e dogmática. Apressa-se em criticar os outros e classificar as coisas como boas ou más, enquanto a de tipo daijo encara as coisas de um ponto de vista mais amplo.
Sem o princípio horizontal e equilibrado de daijo, as pessoas de tipo shojo podem confiar excessivamente no próprio discernimento e capacidade e empenhar-se em seus empreendimentos, com grande entusiasmo e parcialidade. Podem mesmo esquecer que dependem do Poder de Deus e de Seu auxílio, o que as impedirá de ser realmente bem-sucedidas.
O Japão, na época da Segunda Guerra Mundial, foi um exemplo de pensamento shojo. A nação inteira combateu insanamente, pondo tudo em risco.
O bem que os comandantes buscavam para seu país baseava-se na ambição e no amor-próprio. Eles visavam apenas à própria prosperidade, em detrimento dos outros países.
Se o Japão tivesse agido a partir de um ponto de vista daijo mais amplo, não teria se envolvido em uma guerra agressiva e teria conquistado o amor e o respeito mundiais. Poderia, então, gozar de paz e prosperidade no lugar da derrota humilhante. Somente o bem de amplitude mundial é duradouro.
Em contraste com o Amor Universal Divino, o amor do ser humano é limitado e, frequentemente, prejudicial no final.
Como as pessoas daijo são mais expansivas em suas relações com os outros, são frequentemente vitoriosas, sem que para isso tenham de despender grandes esforços.
Compreendendo a diferença de pontos de vista entre o horizontal daijo e o vertical shojo, devemos conduzir ambos ao equilíbrio, ou seja, o izunome.
Quando nos livrarmos do espírito crítico e mostrarmos uma boa vontade envolvente, as pessoas se sentirão naturalmente atraídas por nós e desejarão cooperar conosco.
Por Meishu-Sama - Os Novos Tempos